Especialista fala à CNN sobre prevenção do câncer de mama
Ginecologista Carla Paladino destaca a relevância da mamografia e do autoexame, além de esclarecer dúvidas sobre fatores de risco e detecção precoce
O Brasil registrou quase 74 mil novos casos de câncer de mama em 2024, segundo o Instituto Nacional de Câncer. Diante desse cenário alarmante, a importância da campanha Outubro Rosa ganha ainda mais relevância na conscientização das mulheres sobre os cuidados preventivos.
Em entrevista à CNN Brasil, a Dra. Carla Paladino, ginecologista e gerente médica na APVI da Notre Dame Intermédica, abordou questões cruciais sobre a prevenção e detecção precoce do câncer de mama.
Mamografia: principal exame de prevenção
A especialista enfatizou que a mamografia é o exame mais importante na prevenção do câncer de mama. “A mamografia tem uma sensibilidade maior nas mulheres acima de 40 anos”, explicou Paladino, destacando que o rastreio é recomendado a partir dessa idade.
Quanto ao autoexame, a médica ressaltou sua importância como forma de autocuidado, mas alertou que não substitui a mamografia. “O autoexame é importante para que a mulher conheça sua mama e perceba diferenças, mas não substitui o exame de mamografia”, afirmou.
Fatores de risco e detecção precoce
A Dra. Paladino também abordou os fatores de risco para o câncer de mama, incluindo a história familiar. “Existe um risco aumentado para quem tem parentes de primeiro grau com câncer de mama”, alertou.
Além disso, a médica destacou a relação entre hábitos de vida e o desenvolvimento da doença. “O câncer de mama tem uma relação muito forte com a obesidade, o sedentarismo e a alimentação não saudável”, explicou, enfatizando a importância de uma dieta equilibrada e da prática de atividades físicas.
A detecção precoce foi apontada como crucial para o sucesso do tratamento. “Se você tem uma detecção precoce do câncer de mama, você tem até 95% de chance de cura”, ressaltou a especialista.
Por fim, a Dra. Paladino lembrou que, embora raro, o câncer de mama também pode afetar homens, representando cerca de 1% dos casos. Essa informação reforça a necessidade de conscientização e cuidados preventivos para toda a população.