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    Especialista dá dicas de como educar filhos para que identifiquem riscos da internet

    À CNN Rádio, o neuroeducador e pesquisador Fernando Henrique Lino defendeu que falta letramento digital nas escolas

    Bermix Studio na Unsplash

    Amanda Garciada CNN

    À CNN Rádio, no CNN Educação, o neuroeducador e pesquisador Henrique Lino fez um alerta de que falta letramento digital nas escolas, o que ajuda a explicar a vulnerabilidade de crianças e adolescentes na internet.

    A Operação Dark Room, da Polícia Federal, por exemplo, investiga desde março suspeitos de praticar estupros e induzir meninas a automutilação e suicídio por meio da plataforma Discord.

    “A gente se pergunta como jovens chegaram a esse tipo de situação, mas é difícil para eles, ao se depararem com algo assim, pararem para pensar e conseguirem mudar o rumo das coisas”, disse.

    Essas crianças e adolescentes “acabam entrando nessa situação e não conseguem estabelecer canais de comunicação com adultos de maneira a se protegerem.”

    O especialista destaca que há falsa impressão de que as gerações mais jovens “nascem sabendo” no que diz respeito à tecnologia.

    “É o que eu chamo de ‘especialistas ingênuos’, que sabem entrar nas plataformas, mas não têm como identificar intenções ou o contexto geral de onde estão inseridos.”

    Nesse contexto desafiador, ele avalia que a família tem “grande papel.”

    Segundo Lino, os pais devem notar sinais de prontidão, como, por exemplo, se a criança consegue gerenciar o tempo diante da tecnologia, tem acessos de raiva ou dificuldade de socializar.

    Outro fator é o comportamento que o pai e a mãe têm com o digital, já que ele será “relacionado diretamente com o que a criança terá.”

    “Ser o exemplo dentro de casa e tratar tecnologia de maneira segura e ética, além de mediar e não amedrontar a criança” são boas dicas.

    Da mesma forma, “não deixar telas e tecnologias como primeira opção de entretenimento, se cresce em ambiente com primeira opção, vai seguir exemplo, é importante estar em outros ambientes, com outras atividades.”

    O neuroeducador defende que a conversa sobre os riscos do digital e o uso de ferramentas de supervisão deve acontecer o mais cedo possível com as crianças.

    As conversas diferem conforme as faixas etárias, mas “o primeiro passo é abrir canal de comunicação com crianças, para identificar se elas já se sentiram desconfortáveis online”.

    *Com produção de Isabel Campos