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    Escolas só serão reabertas após aval de autoridades sanitárias, diz Bruno Covas

    Mesmo com a indefinição de datas, Covas ressaltou que a Câmara Municipal de São Paulo já aprovou protocolo de retorno

    Da CNN

    São Paulo pode se tornar a cidade do mundo que mais tempo ficou com suas escolas fechadas. Para o prefeito da cidade, Bruno Covas (PSDB), a comparação não importa, uma vez que a decisão de reabrir ou não as unidades de ensino é exclusiva das autoridades sanitárias.

    “A data de 8 de setembro para a reabertura das escolas irá depender se 80% da população do estado está na fase amarela. Hoje, temos cerca de 50% da população nesta situação. Se 28 dias antes do 8 de setembro não tivermos atingido este índice, não iremos reabrir as escolas”, disse o prefeito.

    “Só iremos reabrir as escolas com o aval das autoridades sanitárias. Pouco importa se a cidade de São Paulo ficou mais ou menos dias com escolas fechadas comparado com outras cidades, isso não vai estabelecer o retorno, essa decisão é da área da saúde.”

    Mesmo com a indefinição de datas, Covas ressaltou que a Câmara Municipal de São Paulo já aprovou protocolo de retorno, mas que o projeto não prevê data da volta às atividades.

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    Mudança na divulgação de dados

    O prefeito foi questionado sobre a mudança na divulgação de dados dos óbitos pela Covid-19 por parte da capital paulista. Covas explicou que antes São Paulo divulgava o número de óbitos pelo novo coronavírus confirmados na data, e que agora envia apenas as baixas ocorridas no dia, mas que irá pedir para que o secretário da Saúde do município, Edson Aparecido, a divulgação dos dois números.

    “Inicialmente, fazíamos o anúncio dos óbitos na data em que recebíamos a informação, e depois lapidamos os dados colocando a data dos óbitos. Hoje, conseguimos fazer isso no momento da divulgação. Já solicitei ao secretário de Saúde, Edson Aparecido, que divulgue os dois dados para evitar acusações de maquiagem de dados.”

    Segunda onda?

    Com a abertura do comércio na cidade de São Paulo, surgiu o receio de que a cidade poderia viver uma segunda onda de infecções da Covid-19, mas Covas diz que as ações tomadas pela prefeitura e o índice de imunidade dos habitantes da cidade irão prevenir a cidade de novo surto de casos.

    “Por conta do que aconteceu no exterior, só começamos a reabrir a cidade quando tínhamos índice de prevalência de 9,5% na população. São números acima dos praticados por França e Espanha, que começaram a reabrir a atividade econômica com 5% da população imunizada”, disse o prefeito.

    “Outro segredo foi que trouxemos os setores para discutir protocolos de segurança para cada área, com o compromisso de que os próprios estabelecimentos iriam ajudar na fiscalização de seus pares.”

    Reforma tributária

    Sobre a proposta tributária que tramita no Congresso e a proposta de fundir o ISS – principal fonte de arrecadação de municípios – com outros tributos, Covas se disse contrário à proposta atual do governo federal, que segundo ele iria diminuir a arrecadação da cidade de São Paulo em R$ 10 bilhões.

    “Caso a reforma seja aprovada do jeito que está, São Paulo teria queda de arrecadação de R$ 10 bilhões, enquanto o setor de serviços teria que pagar alíquota de 27% em impostos.”

    Ele disse que já articula com outros prefeitos do país para levar ao Congresso as preocupações dos municípios em relação às mudanças nas leis tributárias.

    “Temos feito articulação para mostrar os impactos da reforma nos municípios. Hoje, quem financia a maior parte do SUS e atende a maior parte dos alunos do país são os prefeitos. Uma reforma tributária que tira dinheiro dos municípios iria dificultar a manutenção destes serviços.”

    (Edição: Bernardo Barbosa)

     

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