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    Escolas de samba do Rio adotam protocolos próprios nos ensaios para o Carnaval

    Agremiações pedem "passaporte da vacina" para integrantes, enquanto Liesa trabalha com possibilidade de fazer a festa em julho

    Desfile da campeã Viradouro, no Rio de Janeiro, em 2020
    Desfile da campeã Viradouro, no Rio de Janeiro, em 2020 Dhavid Normando/Riotur

    Beatriz Puenteda CNN* no Rio de Janeiro

    Ensaios escalonados, comprovante de vacina, uso de máscara e distanciamento social. Esses são alguns quesitos que podem ser tornar obrigatórios para os foliões no Carnaval do Rio de Janeiro em 2022.

    Com a festa confirmada, muitas agremiações já implementam, por conta própria, protocolos para evitar que a preparação para a folia se torne um novo pico de disseminação da Covid-19 no estado.

    O passaporte da vacina já tem sido cobrado pelas agremiações, tanto para intérpretes e integrantes da bateria quanto para passistas e o público que pretenda desfilar em alguma ala.

    A Beija-Flor de Nilópolis, por exemplo, anunciou que, além do comprovante, será obrigatório o uso de máscara de proteção facial e a obediência ao distanciamento nos ensaios de quadra.

    Na Portela, o vice-presidente Fábio Pavão destacou que a Águia de Madureira e Oswaldo Cruz vai reorganizar a logística dos ensaios. Tudo para não lotar a quadra.

    “Não conseguimos reduzir o número de componentes porque vai contra o regulamento e envolve o tempo de desfile. Reduzindo, você não consegue atingir o tempo mínimo”, disse Pavão.

    “Porém, os ensaios serão escalonados. Reuníamos 1,5 mil pessoas todas as quartas-feiras antigamente. Vamos passar a reunir cerca de 200, dividir por grupos, pelo menos em um primeiro momento”, afirmou.

    A Imperatriz Leopoldinense tem cobrado a apresentação do passaporte sanitário de todos que estão ensaiando o samba de 2022.

    Atual campeã, a Viradouro, de Niterói, ainda não adotou nenhum protocolo nesse sentido, mas afirmou que os ensaios da bateria estão sendo feitos com número reduzido de ritmistas.

    A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) afirmou à CNN que não recebeu, até o momento, nenhuma instrução ou recomendação das autoridades sanitárias para a realização dos ensaios e nem do desfile.

    A Liesa também informou, por meio de nota, que, se receber algum protocolo contra a Covid-19 para os desfiles, poderá transferir o espetáculo para a primeira quinzena de julho.

    “Nossa confiança no êxito da campanha de vacinação no Rio de Janeiro e nas principais cidades brasileiras nos enche de esperança, fazendo acreditar que, realmente, o maior espetáculo da Terra estará de volta ao sambódromo no final de fevereiro”, disse Jorge Perlingeiro.

    Questionada pela CNN, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro informou que as informações serão divulgadas “oportunamente”.

    *Sob supervisão de Stéfano Salles