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    Entenda o que é o ransomware, ataque hacker sofrido pelo sistema do Ministério da Saúde

    À CNN Rádio, Luiz Fernando Prado explicou que, geralmente, ataques como esse são como “sequestro de dados”

    Aplicativo Conecte SUS, do Ministério da Saúde
    Aplicativo Conecte SUS, do Ministério da Saúde Foto: Tony Winston/MS

    Amanda GarciaAlessandra Ferreirada CNN

    em São Paulo

    O ataque hacker, na madrugada desta sexta-feira (10), que deixou o portal do Ministério da Saúde fora do ar, é como um “sequestro de dados”, segundo o sócio do escritório Prado Vidigal Advogados especializado em proteção de dados, Luiz Fernando Prado.

    Em entrevista à CNN Rádio, ele afirmou que o ransomware, que foi feito no sistema da pasta, “tem sido muito comum”.

    O ransomware acontece, basicamente, quando um servidor é infectado e o programa bloqueia acesso a esses dados. “Se sou usuário do sistema, entro no computador e não consigo mais acessar, [os dados] estarão com senha, criptografia.”

    Luiz Fernando ainda exemplificou exatamente como ocorre o ramsonware: “O atacante consegue acesso interno, como por exemplo, ao enviar e-mail para organização, alguém clica, abre arquivo suspeito, e o agente malicioso encontra dados e bloqueia a informação.”

    Nesses casos, de acordo com o especialista, os atacantes costumam pedir resgate para liberar o acesso. “Geralmente por criptomoedas para dificultar o rastreamento, se a organização não estiver bem-preparada, fica nessa dúvida de pagar ou não.”

    “Nossa recomendação é não pagar, porque não podemos fomentar esse tipo de quadrilha, compactuar com crime, e não há garantia de que ele devolverá os dados”, completou.

    O especialista destaca que é possível restabelecer a ordem, mas que depende de como o “Ministério da Saúde estava preparado”: “Na maioria dos casos o resgate dos dados acontece, o ponto de maior preocupação é que são dados potencialmente sensíveis, precisamos ficar atentos se nossos dados foram ou não afetados.”

    Outra preocupação é com eventual cópia das informações por parte dos hackers. “O backup é um dos riscos, mesmo com os dados restabelecidos, para eventualmente comercializar a informação copiada.”

    “Há medidas para mitigar os danos, como backup em outro servidor, em que se consegue restabelecer o acesso e serviço rapidamente, o que acontece é que organizações não estão preparadas ainda para lidar com esse tipo de ataque, temos casos com dias e semanas de instabilidade”, ponderou.