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    Entenda o acidente envolvendo o modelo Bruno Krupp que culminou na morte de um adolescente

    Tribunal de Justiça do RJ decretou a prisão preventiva sob a justificativa que o influenciador assumiu o risco de causar o atropelamento ao dirigir sem carteira de motorista e em alta velocidade

    CNN , em São Paulo e no Rio de Janeiro

    O modelo Bruno Fernandes Krupp, de 25 anos, foi preso preventivamente na última quarta-feira (3) por provocar o acidente que provocou a morte de um adolescente de 16 anos, no Rio de Janeiro, no último sábado (30).

    João Gabriel Cardin Guimarães foi socorrido com vida pelo Corpo de Bombeiros, que amputou a coxa esquerda da vítima ainda no local. Ele foi encaminhado para o hospital municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas não resistiu e morreu no domingo (31).

    Krupp teve escoriações e também foi levado para o complexo de saúde.

    De acordo com informações da Polícia Militar, o acidente aconteceu na Avenida Lúcio Costa, na Barra, por volta das 22h50.

    O adolescente atravessava a via, quando foi atingido pela motocicleta conduzida por Bruno.

    As câmeras de monitoramento de trânsito flagraram o modelo conduzindo uma moto em alta velocidade.

    De acordo com a Secretaria de Estado de Polícia Civil, inicialmente o caso foi registrado na delegacia da Barra da Tijuca como lesão corporal na direção de veículo automotor, mas, com a morte da vítima, o caso passa a ser investigado como homicídio culposo.

    Modelo não tinha permissão para dirigir e foi pego em blitz

    Nesta quarta-feira (3), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) decretou a prisão preventiva sob a justificativa que o influenciador assumiu o risco de causar o acidente ao dirigir sem carteira de motorista e em alta velocidade.

    A Polícia Civil já havia informado que Bruno Krupp não tinha habilitação para conduzir o veículo.

    A Justiça ainda acrescenta que o mesmo teria sido pego por uma blitz de trânsito três dias antes do ocorrido.

    “Com efeito, diante de todo o compilado, observa-se que o indiciado assumiu o risco de causar o resultado, eis que conduzia uma motocicleta sem placa, em alta velocidade (mais de 150km/h, numa via cujo limite máximo de velocidade é de 60km/h), sem portar CNH, mesmo após ter sido pego em uma blitz três dias antes do acidente“, diz trecho da decisão.

    Quando foi parado na blitz, segundo o tribunal, Krupp estava com a mesma moto — sem placa — e se recusou a fazer teste do bafômetro.

    Ainda de acordo com a Justiça, uma testemunha prestou socorro à vítima e confirmou que a motocicleta estava em alta velocidade.

    A mãe do adolescente presenciou o atropelamento e não tem “condições psicológicas” para prestar depoimento, que será feito quando for possível.

    A defesa do modelo afirmou à CNN que irá entrar com pedido de habeas corpus contra a prisão preventiva do modelo ainda nesta quinta-feira (4).

    A FBX assessoria, que agencia o influenciador, informou que não comentará o caso.

    O modelo está internado e seu estado é grave. Segundo seu advogado, os rins pararam por conta de uma infecção.

    Ao menos duas ocorrências por estupro contra o modelo

    Nesta quinta, a Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que investigar o Bruno Krupp por pelo menos dois supostos casos de estupros.

    Após o acidente envolvendo o modelo, mais de 40 mulheres relataram em redes sociais terem sido abusadas sexualmente por ele. Até o momento, duas supostas vítimas registraram os casos em delegacias, conforme informou a Polícia Civil.

    Além das investigações contra o modelo, o Departamento-Geral de Polícia de Atendimento à Mulher (DGPAM) determinou a abertura de uma sindicância para apurar a conduta de um policial civil que teria se negado a fazer um registro de ocorrência por estupro contra Bruno.

    O primeiro caso registrado foi há menos de um mês. A CNN teve acesso ao boletim de ocorrência no qual a suposta vítima relata que pediu para que o modelo não iniciasse o ato sexual e que Bruno teria ignorado. Bruno ainda não foi ouvido sobre o caso.

    Por telefone, o advogado dele, Willian Pena, informou que Bruno foi à delegacia para ser ouvido, mas o sistema estava fora do ar e um novo depoimento foi marcado.

    O defensor também disse que a suposta vítima retirou a queixa contra Bruno no dia seguinte ao registro.

    Por nota, a advogada da jovem confirmou à CNN que ela tentou retirar a denúncia, mas que “decidiu prosseguir com a representação e que em nenhum momento negou a violência sofrida.”

    O outro suposto caso de estupro, também sob investigação, foi denunciado por uma modelo que chegou a publicar em sua rede social o abuso sofrido. Segundo a Polícia Civil, ela registrou o boletim de ocorrência na última quarta.

    A mulher relata ter sido abusada na casa do modelo há seis anos. Em sua rede social, a jovem afirma que não denunciou antes pode medo e que só mudou de ideia porque soube pela imprensa que havia outra denúncia contra Bruno.

    Após a publicação da modelo, outras mulheres também relataram terem sido abusadas sexualmente por Bruno. Sobre as denúncias abusos, o advogado Willian Pena disse à CNN que as “não procedem e que as jovens estariam se aproveitando do momento” para tirar vantagem financeira de Bruno.

    *Com informações de Beatriz Puente, Cleber Rodrigues, Isabelle Rezende, Júlia Vieira e Tiago Tortella

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