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    Entenda a evolução nas investigações sobre desaparecimento na Amazônia

    Duas pessoas estão presas; Polícia Federal busca mais três suspeitos de envolvimento no desaparecimento do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips

    Da CNN

    São Paulo

    A Polícia Federal segue com as investigações sobre o desaparecimento do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. Restos mortais encontrados no Amazonas na última quarta-feira (15) foram enviados para análise da perícia em Brasília.

    Os dois desapareceram no dia 5 de junho, quando faziam o trajeto entre a comunidade ribeirinha São Rafael até Atalaia do Norte.

    Duas pessoas foram presas pela polícia por envolvimento no caso. Mais três indivíduos são procurados.

    Phillips, que é colaborador do jornal britânico “The Guardian”, iria fazer entrevistas com indígenas na região e Pereira o acompanhava na realização do trabalho.

    O caso tem gerado repercussão internacional, e na quarta-feira (15) o primeiro o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse estar profundamente preocupado com o desaparecimento do jornalista britânico na Amazônia e que o governo está trabalhando com autoridades brasileiras investigando o caso.

    A CNN elaborou uma linha do tempo que mostra o passo a passo da investigação, desde a comunicação do desaparecimento. Veja:

    • 31/05 – O indigenista Bruno Araújo Pereira envia mensagem à União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja) relatando risco de morte. Bruno atuava denunciando pesca ilegal no Vale do Javari;
    • 05/06 – Bruno e Dom Phillips desaparecem no Vale do Javari. Rapidamente a Univaja entra em contato com a polícia para comunicar o caso. De acordo com informações da Univaja, os dois chegaram no Lago do Jaburu no dia 3 de junho para visitar a equipe de Vigilância Indígena. No dia 5, Pereira e Phillips deixaram o lago e partiram para a comunidade São Rafael, onde o indigenista participaria de uma reunião. Pelo que consta nas informações trocadas via Dispositivo de Comunicação Satelital SPOT, eles chegaram ao destino por volta de 6h. Após conversarem com uma local, ambos recomeçaram o trajeto de retorno à Atalaia do Norte e não foram mais vistos;
    • 07/06 – A Polícia Federal dá início às buscas por Bruno e Dom. No mesmo dia, a Polícia Civil do Amazonas prende Amarildo, o “Pelado”, por posse de drogas e munição. Amarildo havia sido apontado por testemunhas como tendo sido visto perto de Bruno e Dom e ameaçado ambos. Para a polícia, Amarildo disse ser pescador;
    • 09/06 – A Polícia Federal encontra lancha de Amarildo com vestígio de sangue;
    • 11/06 – Uma testemunha aponta a participação de Oseney da Costa, o “Dos Santos”, no caso. Ele é descrito como um parente de Amarildo; que teria pedido uma carona à testemunha e estaria armado com uma espingarda. Oseney encontra Amarildo e eles saem juntos;
    • 12/06 – Durante buscas, polícia encontra objetos de Bruno e Dom. Os pertences (mochila, crachá, botas) foram encontrados perto da casa de Amarildo e Oseney. A polícia desce o rio e vê uma área de mata defasado, como se alguém tivesse cruzado com uma lancha de maneira desgovernada, há dois minutos da casa de Oseney. Nesta imediação, a polícia encontra os objetos pessoais dos desaparecidos;
    • 14/06 – “Dos Santos” é preso por relação com sumiço de Bruno e Dom;
    • 15/06 – Amarildo confessa que enterrou Bruno e Dom, polícia busca os corpos. As informações da Polícia Federal foram apuradas pelo âncora da CNN Kenzô Machida.
    • 16/06Restos mortais são encontrados no Amazonas próximos ao local indicado por Amarildo. Perícia será realizada pela PF em Brasília. A Polícia Federal também confirmou à CNN que mais três pessoas podem estar envolvidas no caso além de Amarildo e Oseney

    Fotos – Buscas por indigenista e jornalista desaparecidos

    *Com informações de Anna Gabriela Costa e Renata Souza, da CNN