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    Ensaios técnicos do Carnaval do Rio não estão abortados, diz presidente da Liesa

    Jorge Perlingeiro destaca que a entidade espera a conclusão das obras de recapeamento da Marquês de Sapucaí

    Desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro no Carnaval 2020
    Desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro no Carnaval 2020 Reprodução

    Stéfano Sallesda CNN

    no Rio de Janeiro

    A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), responsável pelos desfiles das 12 agremiações que compõem o Grupo Especial, ainda não descartou a possibilidade de realizar ensaios técnicos para o Carnaval deste ano. A informação foi confirmada à CNN por Jorge Perlingeiro, presidente da entidade.

    Segundo o dirigente, as agremiações enfrentam duas dificuldades no momento: o recapeamento do piso da pista da Marquês de Sapucaí, que está em andamento. Será a primeira substituição em 12 anos, com troca e ampliação da tubulação para escoamento de água, para evitar alagamentos em caso de chuvas durante as apresentações.

    A obra tem previsão de término entre os dias 25 e 30 de janeiro. Por volta do dia 15, Perlingeiro acredita que terá um cenário mais realista sobre a possibilidade de o evento ser realizado ou não. O calendário precisará ser conciliado com o das 15 agremiações da Série A, que também desfilam no local.

    “Talvez por volta do dia 15 nós já tenhamos o cenário mais definido. Nós precisaremos de pelo menos três finais de semana para a realização dos ensaios técnicos. Isto porque as agremiações do grupo de acesso também utilizam a passarela do samba e precisarão ensaiar. Como o nosso Carnaval é nos dias 27 e 28 de janeiro, e o deles, em 25 e 26, a conta é mais ou menos essa”, explica.

    A tendência é que as agremiações da Série A fiquem com um dia do fim de semana reservado para testes, e as do Grupo Especial com o outro, caso eles ocorram.

    A segunda dificuldade citada pelo presidente da Liese tem relação com a presença de público no sambódromo durante os testes. Um cenário que, segundo Perlingeiro, demandará avaliação posterior.

    “Vai depender de como estiver a situação da pandemia até lá. O Réveillon, por exemplo, não teria celebrações, mas isso mudou e elas aconteceram. Agora, nessas semanas anteriores, o controle de público é uma questão porque não estaremos ainda com as catracas no sambódromo, a infraestrutura montada para os desfiles”, explica.

    Em transmissão on-line realizada na noite de terça-feira (4), o prefeito Eduardo Paes (PSD) cancelou a realização das apresentações dos blocos pelas ruas do Rio de Janeiro.

    A decisão, tomada em sintonia com a Associação Independente dos Blocos de Carnaval de Rua da Zona Sul, Santa Teresa e Centro da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro (Sebastiana), ocorreu diante do avanço da variante Ômicron do novo coronavírus na cidade.

    Segundo levantamento feito pela Agência CNN, há pelo menos 451 casos confirmados da linhagem no Brasil. Três deles na capital do Rio de Janeiro.

    A Liesa considera ainda a possibilidade de realizar o ensaio-geral, para testes de luz, sem público.

    O evento ocorrerá no dia 20 de fevereiro, uma semana antes do início dos desfiles e, tradicionalmente, acontece com apenas uma agremiação: a atual campeã. No caso, a Viradouro, de Niterói, cidade da Região Metropolitana.