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    Enfrentar organizações criminosas é um desafio colossal, avalia especialista

    À CNN Rádio, o ex-secretário nacional de segurança pública José Vicente da Silva Filho disse que é necessário “fazer um raio-x" das facções

    Amanda Garciada CNN

    Promover o enfrentamento às organizações criminosas é um “desafio colossal”, na avaliação do ex-secretário nacional de segurança pública José Vicente da Silva Filho.

    Na segunda-feira (2), foi lançado o Programa Nacional de Enfrentamento das Organizações Criminosas pelo ministro Flávio Dino.

    Entre os anúncios, esteve o envio da Força Nacional ao Rio de Janeiro, que sofre crise na segurança pública, e a disponibilização de R$ 20 milhões para a Bahia, estado que passa por onda de violência.

    À CNN Rádio, o coronel reformado da PM de São Paulo afirmou que, agora, o governo federal sinaliza criar um centro nacional de operações de inteligência.

    O especialista considera este um caminho oportuno, embora desafiador.

    “É necessário recomeçar agora e obter junto com os estados e coordenação da Polícia Federal a identificação das lideranças das facções, os territórios que ocupam, como recebem insumos do crime, como drogas e armas”, elencou.

    Para o coronel, “fazer o raio-x dentro das facções é um grande desafio”, mas é necessário conhecê-las para, então, implementar ações.

    Veja mais: Caio Coppolla e José Eduardo Cardozo debatem se programa de Segurança Pública é suficiente

    Mesmo assim, ele não acredita que o maior gargalo na segurança pública brasileira é o crime organizado.

    “Assaltantes de motocicleta, furtos generalizados, roubo de celular, que é o objeto mais roubado hoje, têm pouco ou nada a ver com facções”, disse.

    Esses crimes do “dia a dia”, para José Vicente, são os que mais afligem a população e têm “muitíssimo a ver com a ineficiência das estruturas policiais do país”.

    *Com produção de Isabel Campos

     

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