Enem deverá se alinhar à “ótima proposta” do novo Ensino Médio, avalia pedagogo
À CNN Rádio, Rudney Soares de Souza defendeu que não é possível prever quanto tempo levará para as mudanças fazerem efeito, mas as classificou-as como positivas
O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) “inevitavelmente precisa se alinhar” à nova proposta do Ensino Médio, que é resultado da alteração da lei de fevereiro de 2017, segundo o pedagogo e doutor em Língua Portuguesa, Rudney Soares de Souza, em entrevista à CNN Rádio.
“A proposta é ótima, alinha aquilo que muitos países desenvolvidos fazem, que é adicionar ao ensino um outro fator atrelado à aprendizagem, já que estudar é diferente de aprender”, defendeu.
Ele acredita que o novo Ensino Médio é uma “virada de chave” das escolas e professores, que deverão organizar processos e trabalhar na capacitação dos profissionais.
A nova lei será implementada neste ano na primeira série do Ensino Médio, na segunda série em 2023 e na 3ª série em 2024.
O novo Enem, dessa forma, deverá contemplar em 2024 essa mudança, colocando os conteúdos mais voltados para a formação geral básica, português, matemática e redação, e no segundo dia considerar os eixos que norteiam a composição do currículo, ciências da natureza, humanas, linguagem, matemática e formação técnica profissional.
Agora, de acordo com Rudney, a mensuração não será mais focada na quantidade de conteúdos, porque “eles precisam fazer sentido para aqueles estudantes daquela comunidade.”
“Não consigo precisar quanto tempo será necessário para o novo modelo trazer resultados, mas o futuro será melhor do que o que temos hoje”, completou.
Para o pedagogo, o novo Ensino Médio e o novo Enem pretendem que os estudantes tenham “uma imagem mais próxima da realidade, com emprego estável e casa, e a noção de que o percurso que devem fazer vai depender das suas habilidades e aptidões”.