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    Enchentes no RS: satélite registra chegada de mancha de sedimentos ao oceano; veja

    Segundo pesquisador, há possibilidade de que o lixo se acumule na Praia do Cassino, em Rio Grande

    Imagens de satélite comparam o extremo sul da Lagoa dos Patos antes e depois das enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul
    Imagens de satélite comparam o extremo sul da Lagoa dos Patos antes e depois das enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul Divulgação/Lods/Furg

    Fábio Munhozda CNN

    Em São Paulo

    Imagem de satélite captada no último domingo (26) mostra a chegada da mancha de sedimentos oriundos da enchente no Rio Grande do Sul ao Oceano Atlântico, por meio da extremidade sul da Lagoa dos Patos. O registro foi feito por pesquisadores do Laboratório de Oceanografia Dinâmica e por Satélites da Universidade Federal do Rio Grande (Lods/Furg).

    O professor Fabricio Sanguinetti, que é o coordenador do laboratório, afirma que a mancha chegou ao oceano na quinta-feira (23). O registro por satélite, porém, não pôde ser feito no mesmo dia por causa do excesso de nuvens. Na imagem divulgada, é feita comparação com o mesmo local no dia 25 de abril, pouco antes do início das chuvas históricas que atingiram o estado.

    Segundo Sanguinetti, não é possível afirmar que os sedimentos chegaram ao Oceano Atlântico somente na semana passada. “Estavam chegando em diferentes profundidades, mas pode-se dizer que, massivamente, começaram a chegar na quinta-feira passada, ou seja, no dia 23.”

    Em relação aos impactos provocados pela chegada do lixo e de demais resíduos ao litoral, uma das possibilidades é de que a Praia do Cassino, na cidade de Rio Grande (RS), seja a mais afetada. “Dadas as condições oceanográficas e o padrão de circulação costeira, as correntes costeiras vão direcionar parte desse resíduo para as praias”, comenta.

    “Um impacto ambiental bem visível, provavelmente, é a chegada de parte desse material à Praia do Cassino, se depositando na faixa de areia. Isso causa impacto ambiental para os animais que vivem naquele setor e para a utilização da praia, por mais que estejamos no inverno”, detalha.