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    Enchente atingiu cerca de 300 lojas em Petrópolis, diz setor varejista

    Sindicato espera disponibilização de linha de crédito para recuperar o comércio local

    Veículo arrastado pela enchente é visto no Rio Quintadinha, na Rua Washington Luiz, no caminho do centro histórico de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, na manhã desta quarta-feira, 16.
    Veículo arrastado pela enchente é visto no Rio Quintadinha, na Rua Washington Luiz, no caminho do centro histórico de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, na manhã desta quarta-feira, 16. Foto: Estadão Conteúdo

    Stéfano Sallesda CNN

    Rio de Janeiro

    As fortes chuvas que atingiram Petrópolis na quarta-feira (15) e deixaram dezenas de mortos na cidade da região serrana afetaram cerca de 300 lojas, todas no centro histórico. As estimativas são do Sindicato do Comércio Varejista de Petrópolis (Sicomércio Petrópolis), anunciada nesta quarta-feira (16) à CNN.

    As lojas foram afetadas principalmente pela cheia do rio Piabanha, que transbordou. A Rua Teresa, principal polo de moda da cidade, que atrai compradores de todo o país, teve estabelecimentos nos quais a água superou dois metros de altura. A água também atingiu outras importantes vias comerciais da cidade, como a Marechal Deodoro, a General Osório e a Rua do Imperador.

    Em diversos pontos de Petrópolis, há dificuldade de acesso a água, principalmente no centro histórico. Algumas localidades estão também sem acesso a energia elétrica. Presidente do Sicomercio, Marcelo Fiorini aponta a necessidade de apoio ao setor para que a cidade possa retomar em breve à rotina. No entanto, ele reconhece que essa não pode ser a prioridade das autoridades no momento.

    “O comércio está fechado e estamos na fase de limpeza, mas nem água para lavar as calçadas e lojas há nesse momento. O momento é delicado e sabemos que a prioridade é atender desalojados, desabrigados e familiares. Estamos apoiando nisto. Mas, adiante, vamos também precisar de apoio para fazer com que a cidade possa voltar a operar de maneira mais próxima do normal”, explica Fiorini.

    Filiado à Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio de Janeiro (Fecomércio), o sindicado espera o anúncio de uma linha de crédito especial para os empresários responsáveis por lojas afetadas pela enchente, por meio da Agência Estadual de Fomento (AgeRio). Segundo ele, a ideia é que haja um longo período de carência, para início do pagamento.

    “É o mesmo que foi feito na tragédia de 2011. Porque não é só limpar os estabelecimentos. Muitos terão que ser refeitos, precisarão de reposição de estoque, pintura, mobiliário e etc. Em relação ao polo de moda, as lojas mais afetadas não foram as que vendem roupas, mas as que oferecem materiais para elas, como lojas de tecidos e aviamentos”, conclui Fiorini.

    Em Petrópolis, o governador Cláudio Castro (PL) confirmou na manhã desta quinta-feira que será oferecida uma linha de crédito para esses comerciantes, e que ela será disponibilizada pela AgeRio. No entanto, os modelos de oferta, valores, prazos para pagamento e carência ainda não foram anunciados.

    Sobre energia elétrica, a concessionária Enel destacou que a rede foi prejudicada, não apenas pelas chuvas, mas pelos fortes ventos, e que atua na restauração da oferta de energia elétrica na cidade, priorizando os atendimentos emergenciais.

    Os bairros mais afetados, segundo a empresa, são Quitandinha, Sargento Boening e centro. A companhia destacou ainda que “alguns trechos da rede elétrica foram destruídos em função da forte chuva e equipes da distribuidora estão trabalhando na reconstrução”.

    Fotos: Destruição causada pelas chuvas em Petrópolis