Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Empresas que não aderirem ao baixo carbono vão ficar para trás, diz especialista

    À CNN, Carlo Pereira afirmou que pesquisa do Pacto Global da ONU aponta para um 'gap de retórica' na questão ambiental para empresários

    O Brasil tem a capacidade de ofertar créditos de carbono
    O Brasil tem a capacidade de ofertar créditos de carbono Reprodução / CNN (27.set.2021)

    Amanda GarciaBel Camposda CNN

    Em São Paulo

    Em entrevista à CNN, o diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global da ONU, Carlo Pereira, avaliou que o momento é de “reestruturação e reformulação de modelos de negócios” no quesito preocupação ambiental.

    Um estudo da organização e da Accenture aponta que apenas 18% dos executivos entrevistados disseram ter obtido esclarecimentos necessários, por parte do governo e de legisladores, para o cumprimento das metas de sustentabilidade e de mudanças climáticas.

    Ao mesmo tempo, 80% entendem que a sustentabilidade é necessária, enquanto 30% dizem fazer o que é necessário para serem sustentáveis.

    Para Carlos, isso gera um “gap retórico”, já que empresários entendem a importância da questão, mas não atuam para cumpri-la. “As empresas precisam agir nessa direção”, defendeu. “É uma ótima oportunidade para o Brasil. As empresas que não se alinharem à economia de baixo carbono vão ficar para trás.”

    Ele ainda explicou qual o caminho para isso: “A gente precisa de mais clareza dos governos, e eu ampliaria para governança global. O que vai ser decidido na COP26 é o livro de regras do Acordo de Paris, para o mercado entender como deve agir, como funciona o tão falado mercado de carbono, quem vai participar, se vai existir mercado global ou não.”

    Carlo Pereira ainda disse acreditar que as mudanças serão rápidas. Ele citou a avaliação do ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore, de que a Revolução da Sustentabilidade será mais transformadora do que a Revolução Industria e mais rápida do que a Revolução Digital.