Em live, Amigos do Bem e Luiza Trajano discutem histórias de mulheres do sertão
Transmissão ao vivo discutiu importância do combate à desigualdade social e a participação coletiva nos esforços contra a fome
Live organizada pelo grupo Amigos do Bem aproveitou o Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta segunda-feira (8), para compartilhar histórias inspiradoras de mulheres do sertão do Nordeste, que integram os projetos ajudados pela organização.
Com a participação da empresária Luiza Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza, a transmissão ao vivo contou a história de três mulheres: Pequena, Cida e Gisleide. A apresentação ficou com Alcione Albanesi, presidente do Amigos do Bem.
Beneficiadas pelo projeto Cidade do Bem, que promove auxílio contínuo às comunidades sertanejas, elas compartilharam suas histórias de vida e a importância da construção coletiva para as soluções contra a desigualdade social.
“Minha história é uma história de superação. Eu vivi essa realidade ali naquele lugar, e quando Alcione chegou ao nosso encontro a vida era difícil demais. Não tinha trabalho, não tinha comida, não tinha água, não tinha escola para os nossos filhos. Foi muito difícil, a gente sentia as forças acabando, as crianças perdendo peso. Não tinha a quem pedir. Hoje a gente olha e eles estão tão bem. Foi tão difícil, a gente chorava ali, não era com dor, era com fome”, relembra Pequena.
Durante a transmissão ao vivo, Alcione definiu a desigualdade como “uma vergonha” para o Brasil.
“Quando a gente olha o nosso país, que estamos na 8ª posição da desigualdade no mundo, só perdemos para países africanos, isso é uma vergonha para nosso país. Essa história que a Pequena conta é uma história de passado pra ela, mas não é uma historia pra milhares de pessoas que estão na mesma situação de fome, sem nunca ter dormido num colchão, sem nunca ter acesso à água”, afirma.
Maria Luiza Trajano reforça que os brasileiros não podem confiar apenas ao poder público a responsabilidade pela redução das desigualdades.
“É muito importante falar que o trabalho do Amigos do Bem não é só dar alimentação, ele dá educação, as escolas de lá são iguais as escolas de alto nível em São Paulo. O que é mais legal é isso que a Pequena falou, é a gente agradecer aquela comida que está fazendo e ensinar os filhos que tem muita gente que não tem. A desigualdade social não é uma responsabilidade do governo, é uma responsabilidade do cidadão brasileiro”, afirmou a empresária.
Publicado por Guilherme Venaglia