Em carta, China diz ao Brasil que relação é “estratégica e de longo prazo”
A carta foi uma resposta a outra encaminhada neste mês por Ernesto Araújo a Wang Yi, na qual o brasileiro pede ajuda na liberação de insumos para a produção de
O ministro de negócios estrangeiros da China, Wang Yi, encaminhou na sexta-feira (29) uma carta ao ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, na qual diz que os Brasil e China são “parceiros estratégicos globais” e que trata as relações sino-brasileiras dentro de uma visão “estratégica e de longo prazo”.
“O lado chinês sempre trata e desenvolve as relações sino-brasileiras a partir duma visão estratégica e de longo prazo. Estou disposto a trabalhar junto com Vossa Excelência para implementar os consensos importantes entre os chefes de estado dos nossos países, intensificar o intercâmbio e cooperação entre as duas chancelarias, e promover novos avanços das relações bilaterais e cooperações nos diversos setores.”
Ele também diz que pretende auxiliar o Brasil na liberação de insumos para a produção de vacinas. “Desde o início da pandemia, a China e o Brasil têm envidado esforços conjuntos no combate à pandemia e conduzido cooperações profícuas em desenvolvimento e produção de vacinas. O lado chinês compreende as preocupações brasileiras em relação aos insumos de vacinas e o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China está disposto a fazer as coordenações e providenciar as facilitações“, afirmou.
Avaliou, ainda, concordar com uma leitura feita por Ernesto Araújo em setembro, em conversa com ele, sobre as relações “sólidas e maduras” dos dois países. “A China e o Brasil são parceiros estratégicos globais. Ao longo dos últimos anos as relações bilaterais têm-se desenvolvido fluidamente e alcançado resultados frutíferos. Na nossa conversa telefônica em setembro passado, o senhor frisou que as relações sino-brasileiras são maduras, mutuamente benéficas e sólidas, a avaliação que eu também compartilho.”
A carta foi uma resposta a outra encaminhada neste mês por Ernesto Araújo a Wang Yi, na qual o brasileiro pede ajuda na liberação de insumos para a produção de vacinas. Os dois países passam por um momento de rearranjo na relação, após a China ter sido alvo de bolsonaristas na primeira metade do mandato de Jair Bolsonaro. O gesto mais concreto nesse sentido foi a decisão brasileira de não restringir nem vetar empresas chinesas no desenvolvimento da tecnologia 5G no Brasil, conforme revelou a CNN.
A íntegra da carta:
A China e o Brasil são parceiros estratégicos globais. Ao longo dos últimos anos as relações bilaterais têm-se desenvolvido fluidamente e alcançado resultados frutíferos. Na nossa conversa telefônica em setembro passado, o senhor frisou que as relações sino-brasileiras são maduras, mutuamente benéficas e sólidas, a avaliação que eu também compartilho.
Desde o início da pandemia, a China e o Brasil têm envidado esforços conjuntos no combate à pandemia e conduzido cooperações profícuas em desenvolvimento e produção de vacinas. O lado chinês compreende as preocupações brasileiras em relação aos insumos de vacinas e o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China está disposto a fazer as coordenações e providenciar as facilitações.
O lado chinês sempre trata e desenvolve as relações sino-brasileiras a partir duma visão estratégica e de longo prazo. Estou disposto a trabalhar junto com Vossa Excelência lara implementar os consensos importantes entre os chefes de estado dos nossos países, intensificar o intercambio e cooperação entre as duas chancelarias, e promover novos avanços das relações bilaterais e cooperações nos diversos setores.
Queira aceitar, Senhor Ministro, a minha alta estima e consideração.”