Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Em audiência, delegados reforçam papel de Flordelis como mandante de assassinato

    Foram ouvidos dois delegados, dois policiais civis e um perito do Ministério Público na sexta-feira

    Pauline Almeida, da CNN, no Rio de Janeiro

    Delegados que atuaram na investigação da morte do pastor Anderson do Carmo reforçaram o papel da deputada federal Flordelis, esposa da vítima, como a mentora do crime. Eles prestaram depoimento durante a primeira audiência de instrução sobre o caso, realizada nessa sexta-feira (13), na 3ª Vara Criminal do Fórum de Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro, com a presença da parlamentar. 

    Foram ouvidos dois delegados, dois policiais civis e um perito do Ministério Público nessa sexta-feira. Tanto a delegada Bárbara Lomba, a primeira responsável pela investigação, quanto o delegado Allan Duarte, que atuou na segunda fase, ambos ex-titulares da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, indicaram que Flordelis teve um papel essencial para que o crime acontecesse.

    Bárbara Lomba ainda relatou o comportamento disfuncional da família, que conta com 55 filhos adotados. Segundo a delegada, Flordelis e Anderson do Carmo mantinham relações relações sexuais com mais membros da casa.

    A juíza Nearis dos Santos de Carvalho Arce já marcou mais quatro audiências para os dias 27 de novembro, 4, 11 e 18 de dezembro. Na próxima, mais testemunhas de acusação vão ser ouvidas. 
    Flordelis chegou à audiência acompanhada do advogado Anderson Rollemberg e afirmou ser inocente.

    Leia e assista também

    Justiça do Rio marca audiência de julgamento do caso Flordelis

    Por unanimidade, Mesa Diretora da Câmara envia Flordelis para Conselho de Ética

    Eu não mandei matar meu marido, jamais faria isso”, declarou à imprensa. Rollemberg ainda comentou que a verdade vai emergir nas audiências. “Jamais foi mandante desse bárbaro crime”, declarou sobre a cliente.

    Dos denunciados pelo homicídio, apenas Flordelis não está presa porque tem imunidade parlamentar, mas tem seus passos monitorados por meio do uso de tornozeleira eletrônica. Com base nas audiências de instrução, a magistrada Nearis dos Santos de Carvalho Arce vai decidir se encaminhar os réus para júri popular, o que espera o advogado que representa a família de Anderson do Carmo e atua como assistente da acusação,  Angelo Máximo. 

    “Eu espero que não só ela, como todos os réus, sejam levados a júri popular. Há provas contra todos, muitos fortes e estão se materializando. Começando por ela, que, como dizem as autoridades, sem ela, esse crime não teria acontecido, foi a mando dela”, declarou à reportagem da CNN Brasil na manhã deste sábado (14).

    A reportagem tentou contato com Anderson Rollemberg para uma avaliação da primeira audiência, mas não teve retorno até a publicação desta reportagem.