Efeitos do ciclone chegam a SP, derrubam árvores e interrompem navegação no Porto de Santos
Ventos fortes também paralisaram a travessia de balsa entre os municípios de Bertioga e Guarujá
As consequências do ciclone extratropical que se formou na quarta-feira (12) no Sul do país chegaram nesta quinta-feira (13) ao estado de São Paulo. Os ventos fortes provocaram a queda de árvores, a interrupção da navegação no Porto de Santos e a paralisação da travessia de balsas entre as cidades de Bertioga e Guarujá.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), foram registradas rajadas de até 81 km/h no estado. A cidade de São Miguel Arcanjo, localizada na região de Sorocaba, lidera a lista. Em Barueri, na região metropolitana de São Paulo, os ventos chegaram a 74 km/h; e, em Ourinhos, no oeste do Estado, a 70 km/h.
Às 9h desta quinta-feira, as rajadas de vento provocaram a interrupção da navegação do Porto de Santos. Conforme a administração explicou em nota, não houve danos significativos nos terminais e as demais operações do porto seguem normalmente.
Segundo o Corpo de Bombeiros da Polícia Militar de São Paulo, os fortes ventos derrubaram 44 árvores no estado. 12 na região metropolitana, 10 no litoral norte e 22 no litoral sul.
A Defesa Civil informou que uma delas atingiu um veículo e uma vítima que estava dentro dele, em São José dos Campos. A mulher de 24 anos teve parada cardiorrespiratória foi socorrida por uma brigada dos bombeiros e encaminhada ao Pronto Socorro da Vila Industrial.
Ciclone se formou na região Sul
Um ciclone extratropical se formou na região Sul do Brasil na quarta-feira, com ventos de mais de 120 km/h, provocou uma morte e deixou mais de 250 mil pessoas sem energia elétrica nesta quinta-feira. Os estados mais afetados foram Santa Catarina e o Rio Grande do Sul.
O óbito foi registrado na cidade gaúcha de Rio Grande, nesta quinta-feira. Segundo a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, uma árvore caiu sobre uma residência e deixou uma vítima.
Na quarta-feira, o Inmet colocou o Rio Grande do Sul e Santa Catarina em alerta vermelho para vendavais, na situação de “grande perigo”, devido à formação do ciclone.
Ciclone deve ser mais intenso do que o de junho
A Defesa Civil Nacional informou que os ventos desse novo ciclone devem ser iguais ou até superiores aos que atingiram o Rio Grande do Sul em junho, quando diversas cidades registraram estragos.
As informações foram repassadas durante coletiva de imprensa promovida pelo Ministério da Integração Nacional na tarde de terça-feira (11).
“Os ventos serão tão fortes quanto aqueles [do ciclone anterior]. O que a gente tem de diferente é que neste teremos mais áreas atingidas. No anterior, tivemos a concentração na região metropolitana de Porto Alegre. Mas, neste aqui, a área é maior e as rajadas devem chegar a Santa Catarina e ao Paraná”, comentou a meteorologista Marcia Seabra, do Inmet.
O que é um ciclone extratropical?
Segundo a Climatempo, um ciclone extratropical é uma área de baixa pressão atmosférica onde os ventos giram ao redor de um centro, sempre no sentido horário, no caso do Hemisfério Sul, formando um círculo completo.
A empresa informa que, “quanto mais baixa a pressão do ar no centro do ciclone, mais fortes são os ventos e maior o potencial para o desenvolvimento de nuvens muito extensas, que provocam chuva volumosa e forte, ventania, raios e eventualmente granizo”.
Veja estragos do ciclone na região Sul
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Com informações de Douglas Porto, Gabriel Ferneda, Lucas Schroeder e Vinícius Bernardes