“É uma confusão de sentimentos”, diz professora que salvou colega em ataque à escola
Cinthia Barbosa, que salvou colegas ao imobilizar agressor em escola, foi ao velório de professora assassinada
A professora de Educação Física Cinthia da Silva Barbosa foi ao velório da colega assassinada na Escola Estadual Thomazia Montoro, em São Paulo, por um aluno de 13 anos.
Cinthia foi chamada de heroína pelo secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, por imobilizar o menor durante o ataque na escola, na segunda-feira (27).
Ela disse que o momento é de uma “confusão de sentimentos”.
“Quero passar energia para os meus colegas, para a família e toda comunidade escolar”, comentou.
A professora foi velada e sepultada no Cemitério do Araçá, nesta terça-feira (28), na região oeste da capital paulista.
Mais tarde, no sepultamento, houve muito choro, emoção e aplausos. Elisabeth foi homenageada ao som de samba da escola Tom Maior, uma paixão da professora.
A advogada da família, Elisandra Cortez, disse que ainda não definiu uma estratégia de defesa no caso. Ela afirmou que tem estudado outros casos parecidos e não confirmou se pretende processar o Estado.
A advogada afirmou que “não quer que esse caso vire estatística”. “Queremos que represente mudanças reais em segurança pública”, acrescentou.
Imagens da câmera de segurança registraram o momento em que o adolescente ataca uma professora a facadas.
Cinthia entra na sala, golpeia e imobiliza o aluno. Outra professora retira a faca. O menor foi apreendido pela polícia e passará por audiência de custódia nesta terça.
A professora de educação física foi atleta do time de basquete BCN, de Osasco, e é professora há dois anos na escola onde aconteceu o ataque.