Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    É necessário monitorar sinais, diz especialista após ataque em escola de SP

    Em entrevista à CNN, Cláudia Costin também afirmou que é preciso acompanhamento psicológico com os alunos e professores após atentados

    Imagens de câmera de segurança mostraram aluno de 13 anos atacando professora de 71 anos com faca.
    Imagens de câmera de segurança mostraram aluno de 13 anos atacando professora de 71 anos com faca. Reprodução

    Carol RaciunasTiago Tortellada CNN

    em São Paulo

    Em entrevista à CNN nesta segunda-feira (27), dia em que uma professora foi esfaqueada e morreu em São Paulo, Cláudia Costin, diretora do Centro de Políticas Educacionais da FGV, afirmou que é necessário monitorar sinais para evitar casos deste tipo, mas também fornecer apoio aos alunos e professores para superar o trauma.

    Essa checagem de sinais deve ser feita, conforme pontua Costin, tanto pelos pais dos alunos quanto pelos familiares de outros colegas.

    A CNN obteve acesso a um boletim de ocorrência contra o jovem que realizou o ataque desta quarta, no qual a escola em que ele estudava anteriormente relata um “comportamento suspeito”, como postagem de vídeos portando arma de fogo e simulando ataques violentos.

    “O aluno encaminhou mensagens e fotos de armas aos demais alunos por WhatsApp a alguns pais estão se sentindo acuados e amedrontados com tais mensagens e fotos”, complementa o boletim.

    O jovem em questão tem 13 anos, idade que Costin considera como não sendo adequada para que ele fique sem supervisão ao usar a internet.

    Além disso, a especialista ressaltou que “estamos vivendo tempos muito complicados, de muito ódio, de muito rancor”. “É impossível que isso não afete, também, as crianças e adolescente”, pontuou.

    Outro ponto destacado pela especialista é a necessidade de apoio psicológico para alunos e professores que vivenciaram ataques como o desta quarta.

    “Vai ser muito importante, agora, fazer uma conversa com os professores para lidar com as dores que eles tiveram em relação a esse momento. (…) E do lado das crianças e adolescentes, toda a sensação de medo pelo qual eles passaram”, observou.

    “Precisamos olhar para os sinais, mas para, quase entre aspas, o tratamento desses alunos e professores por tudo que eles passaram”, adicionou, ressaltando também que acha que a medida de suspender as aulas é adequada, aliada à conversa com os envolvidos.

    Veja a entrevista durante o CNN Arena: