É grotesco, misógino e cruel, diz advogada filmada praticando ioga no Rio
A advogada Mariana Maduro denunciou os dois homens à polícia
A advogada e professora de direito empresarial Mariana Maduro é uma das mulheres que aparece em um vídeo enquanto praticava ioga na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro.
As imagens foram gravadas por dois homens e, em uma das gravações, um deles faz gestos de cunho sexual ao olhar as mulheres se exercitando. Mariana resolveu denunciar o caso à polícia.
Em entrevista à CNN nesta terça-feira (4), a advogada contou que descobriu que vídeos com sua imagem e de uma amiga estavam circulando na internet. Três de seus seguidores viram a gravação e a alertaram.
Segundo ela, a primeira reação que teve quando viu as imagens foi vomitar e chorar. “Fiquei com nojo de mim, de tudo o que estava vendo. Mas logo pensei que deveria colher todas as provas e denunciar”, contou.
Mariana salvou as gravações, os comentários e pediu ajuda em sua rede social para que seus seguidores também denunciassem a conta dos homens, que reúne cerca de 280 mil seguidores.
Em uma gravação feita no dia 5 de julho, a advogada relatou que a dupla dava “zoom” [aproximava a imagem] no corpo de mulheres e dizia para as pessoas utilizá-las no banho.
“É muito triste que a minha prática de ioga tenha sido sexualizada da forma mais banal e cruel. É grotesco, misógino e cruel”, falou.
Segundo a delegada da Polícia Civil Valéria Aragão, após avaliação inicial, a princípio, os homens podem responder por ato obsceno, perturbação da tranquilidade e injúria.
(Edição: Sinara Peixoto)