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    Dono de Porsche e amigos compraram caipirinha e drinks com whisky em bar na noite do acidente

    Empresário causou acidente que terminou com a morte de um motorista de aplicativo no final de abril

    Marcos Guedesda CNN

    São Paulo

    O empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, que causou um acidente que matou um motorista de aplicativo no final do mês de março negou ter consumido bebidas alcoólicas em depoimento à polícia, mas comanda de bar que ele esteve com amigos, mostra consumo de uma caipirinha e oito drinks à base de whisky.

    A CNN teve acesso ao extrato de consumo de Fernando, a namorada e o casal de amigos, que estiveram na noite de 30 de março em um restaurante, onde jantaram e beberam alguns drinks. Por não se tratar de comanda individual, não há como saber o consumo de cada integrante da mesa. Defesa de Fernando foi procurada para comentar o caso e até o momento não retorno o contato.

    Em depoimento dado à polícia em 1° de abril, Fernando disse que não havia ingerido bebidas alcoólicas na noite do acidente. Ele não fez o exame de bafômetro, pois, auxiliado pela mãe, foi retirado do local.

    Uma versão diferente, apresentada pela namorada do amigo, que ficou ferido no acidente e recebeu alta nesta quinta-feira (11), aponta que Fernando teria ingerido alguns drinks, sem descrever quais. A comanda analisada pela reportagem não apresenta drinks não alcoólicos.

    O documento anexado ao inquérito que investiga o caso, mostra que os amigos consumiram no total uma caipirinha feita com vodca, com o valor de R$ 35,00, oito bebidas com o nome Jack Pork, que, segundo o cardápio da casa, é um mistura de whisky, licor, uma mistura de limão e angostura, com o valor de R$ 37, reais cada.

    A comanda do bar, encerrada às 23h28, também mostra o consumo de porções, de um lanche e de uma água com gás, totalizando R$ 627,44.

    Saída de restaurante e ida à casa de jogos

    Seguindo a noite que terminou com a morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, os amigos foram até uma casa de poker, localizada a pouco mais de 1 quilômetro, de distância do restaurante, também no bairro do Tatuapé, Zona Leste de São Paulo.

    Na casa de jogos, Fernando conseguiu lucrar R$ 675,00 na jogatina que antecedeu o crime ao qual ele foi indiciado. Conforme os registros de entrada e saída, os amigos ficaram por lá por aproximadamente duas horas. Em relatos, os amigos disseram à polícia que ficaram separados, de forma que um não pode indicar o que o outro havia consumido no local.

    Na saída da casa de poker, Fernando foi flagrado por câmeras de vigilância discutindo com a namorada, que disse que ele estava alterado. Momentos depois, ele causou o acidente, batendo na traseira de um veículo que ficou totalmente destruído.