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    Dois dos presos pela morte de advogado no Rio fizeram parte do quadro da Alerj

    Cézar Daniel Mondego de Souza foi exonerado para que Eduardo Sobreira Moraes assumisse o cargo 

    Isabelle Salemeda CNN

    Dois dos presos por envolvimento na morte do advogado Rodrigo Marinho Crespo, de 42 anos, chegaram a fazer parte do quadro de servidores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

    Eduardo Sobreira Moraes, que se entregou na tarde desta terça-feira (5) na Delegacia de Homicídios da Capital, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, chegou a ser nomeado para ocupar o cargo, que antes era do comparsa, Cézar Daniel Mondego de Souza, também preso pelo crime. 

    Segundo a Alerj, Mondego foi nomeado na gestão anterior da Assembleia, em 2019. De acordo com a última folha de pagamento disponível no portal da transparência, de dezembro do ano passado, ele exercia a função de assistente IX e recebia, em média, R$ 6 mil mensais líquidos de salário. 

    A Alerj explicou que Mondego deixou o cargo em março deste ano, justamente para que o Eduardo entrasse em seu lugar. A nomeação para a função de Assistente no Departamento de Patrimônio aconteceu no dia 29 de fevereiro, três dias após o crime, e foi assinada pelo presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, e pelo primeiro secretário da Mesa Diretora, Rosenverg Reis. 

    No entanto, assim que soube do possível envolvimento dos suspeitos, a casa tornou a nomeação de Moraes sem efeito, em uma publicação no Diário Oficial. Ou seja, ele não chegou a tomar posse das funções. 

    Ainda de acordo com a Alerj, mesmo com a nomeação do Eduardo sem efeito, Mondego segue exonerado e o cargo está vago. 

    Para a Polícia Civil, Eduardo e Mondego agiram juntos no crime contra o advogado. Segundo os investigadores, os dois seriam responsáveis pelo monitoramento da vítima antes do crime e também no dia do assassinato. Eles, no entanto, deram lugar a outros envolvidos no período da tarde, que, de fato, foram os executores de Marinho. Para isso, dois carros semelhantes foram usados na ação. 

    Já o terceiro preso pela morte do advogado, o PM Leandro Machado Silva, é acusado de ter coordenado a execução.  

    A polícia civil do Rio de Janeiro informou que segue com as investigações para identificar os demais envolvidos e a motivação do crime.  

    O advogado Rodrigo Marinho Crespo foi morto no dia 26 de fevereiro, na Avenida Marechal Câmara, no Centro do Rio. O crime, em plena luz do dia, foi cometido a poucos metros de distância da sede da OAB. 

    Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que o assassino, um quarto envolvido, desceu do banco de trás de um veículo e atirou várias vezes contra a vítima. O advogado foi atingido por cerca de 21 disparos, principalmente na região do rosto. 

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