Diretor de laboratório revela detalhes de ressonância em que advogado foi baleado pela própria arma
Leandro Mathias entrou na sala do equipamento para ajudar a mãe a se posicionar para exame; ele guardou pertences pessoais em sala de segurança, mas não a arma
Leandro Mathias, advogado baleado pela própria arma durante uma ressonância magnética em São Paulo, foi atingido após entrar na sala do equipamento para ajudar sua mãe a se posicionar para o exame.
O diretor médico do laboratório CURA, César Penteado, explicou à imprensa que a mãe de Leandro estava no local para realizar uma ressonância do crânio.
Leandro assinou um termo de “contra indicação de campo magnético para acompanhantes”. Na sala de segurança que fica ao lado da sala onde o exame é feito, ele guardou itens pessoais como chaves e carteira.
O diretor do laboratório afirmou que ele não guardou a arma e ninguém reparou que ele estava armado porque, além de Leandro não ter informado, o item estava nas costas do advogado, presa na cintura e coberta pela camisa.
Penteado ainda explicou que o aparelho de ressonância magnética cria um forte campo magnético e fica ligado ininterruptamente. Então, quando Leandro entrou na sala para auxiliar a mãe a se posicionar, conforme se aproximou do equipamento, a arma foi atraída pelo equipamento e disparou.
De acordo com o laboratório, as imagens de câmeras de segurança foram entregues à polícia para investigação.
Termo assinado
O diretor médico do laboratório mostrou como é o termo de consentimento padrão que os acompanhantes assinam para esse exame.
Entre os itens estão perguntas se a pessoa é portadora de marca passo cardíaco, possui algum aparelho eletrônico implantável ou foi atingido por projétil de arma de fogo.
“Para maior garantia de segurança, solicitamos a retirada de todos objetos metálicos, inclusive relógio, adornos, piercing e utilizar roupa privativa”, escreve o termo.
O acidente
O homem foi levado para o Hospital São Luiz, onde permanece internado.
O caso foi registrado como disparo de arma de fogo pelo 14º Distrito Policial, que requisitou perícia técnica ao Instituto de Criminalística.
“Arma não foi mencionada”, diz laboratório
O CURA grupo se pronunciou nesta quinta-feira (19) sobre o caso. “Reforçamos que todos os protocolos de prevenção de acidentes foram seguidos pelo time do CURA, como é de praxe em todas as unidades”, disse em nota.
“Tanto a paciente como o acompanhante foram devidamente orientados quanto aos procedimentos para acesso à sala de exame e alertados sobre a retirada de todo e qualquer objeto metálico. Ambos assinaram termo de ciência com relação a essa orientação”, acrescentou.
O grupo ainda afirmou que o advogado e sua mãe estão recebendo assessoria e acompanhamento, e o laboratório está colaborando com a investigação da polícia.
Saiba quem é Leandro Mathias
Com cerca de 7.500 seguidores e quase 50 mil curtidas, ele costuma utilizar o TikTok para responder perguntas esclarecendo dúvidas de outras pessoas sobre porte de arma de fogo.
“Quanto vou gastar com advogado se usar minha arma em legítima defesa?”, “O que vou responder caso seja pego com arma municiada CAC?” e “Mesmo o cara arrombando o portão da sua casa, não pode atirar?” são algumas das questões que Leandro gravou vídeo dando seu ponto de vista.
