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    ‘Dia D’: Saúde convoca população e autoridades para participação coletiva na ação nacional em combate à dengue

    “Nenhum estado poderá estar fora dessa mobilização”, reforçou a ministra da Sáude, Nísia Trindade, durante coletiva da pasta; Distrito Federal e mais seis estados apresentam situação crítica no número de casos da doença

    Agente da vigilância em saúde em combate ao mosquito transmissor da dengue
    Agente da vigilância em saúde em combate ao mosquito transmissor da dengue Fernando Frazão/Agência Brasil

    Dayres Vitoriada CNN*

    Com mais de 991 mil casos de dengue registrados no Brasil, o Ministério da Saúde, em coletiva à imprensa nesta quarta-feira (28), convocou todas as autoridades e a população para atuarem ativamente na ação nacional do ‘Dia D’, previsto para acontecer neste próximo sábado (2).

    O ‘Dia D’, organizado pelo ministério, se trata de uma mobilização coletiva e em âmbito nacional que busca reforçar ações de prevenção e eliminação dos focos do mosquito da dengue, além de promover uma ampla conscientização da população.

    Segundo dados divulgados pela pasta, o país registrou 207 óbitos por dengue este ano. 674 mortes ainda aguardam confirmação se há alguma relação com a doença. Apenas nos primeiros dois meses de 2024, o Brasil já ultrapassou o pior pico registrado no ano passado, ocorrido durante março e abril.

    “Queremos chegar em toda população para demonstrar que é um momento de união”, garantiu o Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, que também participou da conversa com o Ministério da Saúde.

    Em São Paulo, o ‘Dia D’ terá início já na sexta-feira (1º). O objetivo da ação no estado é aproveitar o dia letivo para atuar em conjunto com a educação. Palestras com vídeos explicativos sobre a origem e desenvolvimento da dengue devem ser apresentadas nas escolas paulistas durante a mobilização nacional.

    Trabalho em conjunto

    Durante a coletiva, secretários estaduais da saúde afirmaram que para fazer acontecer o ‘Dia D’, em âmbito nacional, é necessário um trabalho amplo e coletivo, contando com a ajuda de vários setores e figuras com influência da população.

    Entre as sugestões do Ministério da Saúde para o ocorrência da ação prevista para sábado (2), deve haver uma participação in loco de governadores, prefeitos e secretários da saúde. O objetivo é que autoridades e representantes da área da saúde visitem domicílios de suas regiões, conversem com a população e que atuem amplamente na conscientização dos cidadãos locais.

    Influenciadores e comunicadores locais também foram convocados para o ato, visto o meio em que atuam e como podem auxiliar para uma mudança significativa no comportamento das pessoas em relação à dengue.

    A pasta também deixou claro durante a coletiva o desejo de que todas as redes, mídias e a imprensa sejam ocupadas e auxiliem na divulgação do ‘Dia D’.

    A ministra da Saúde, Nísia Trindade, ainda reforçou a importância da data: “Nenhum estado poderá estar fora dessa mobilização. Governos, prefeituras, podem e devem trabalhar juntos nessa ação, não pode ter exceção”, reforçou a chefe da pasta.

    A dengue pelo país

    Somente nos dois primeiros meses deste ano, o Brasil registrou 207 mortes em decorrência da doença. Outros 674 óbitos aguardam análises para confirmar se a causa tem relação com a dengue.

    Minas Gerais lidera os estados que possuem mais casos da doença, com 332.306 registros. Distrito Federal, Acre, Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina também somam aos estados com mais número de casos registrados.

    De acordo com o Ministério da Saúde, pessoas de 20 a 40 anos são as que mais adoecem por dengue no Brasil. O público é o que apresenta maior concentração da doença, visto que estão sempre em circulação pelas regiões que habitam. Já os casos considerados mais graves se concentram em pessoas acima de 70 anos.

    Embora já haja vacina contra a dengue no Brasil, apenas crianças e adolescentes, de 10 a 14 anos, no momento, estão sendo priorizadas durante a campanha de vacinação. A faixa etária é a que apresenta os maiores índices de internação por causa da doença no país.

    *Sob supervisão de André Rigue