“Desrespeito”, diz advogado da família de lutador sobre policial ter ido a motel
Imagens reveladas pela Polícia Civil mostram Henrique Velozo em motel e boate após matar Leandro Lo
O advogado Adriano Salles Vani, representante da família do lutador Leandro Lo, afirmou à CNN nesta quarta-feira (16) que a ida do policial Henrique Otávio de Oliveira Velozo a uma boate e a um motel após o crime demonstra desrespeito à vida humana.
“É um absurdo, demonstra um desrespeito à vida humana. Um desequilíbrio que envergonha a própria instituição [Polícia Militar]”, disse.
Vani também informou que a conta do policial no Instagram com mais de 30 mil seguidores foi reativada no último fim de semana. Ele pontuou que, assim que soube do fato, comunicou às autoridades policiais para verificar quem ativou a rede.
As revelações sobre o trajeto do policial são da Polícia Civil, que permitiu acesso a imagens de câmeras de segurança. Acusado de homicídio doloso, Velozo está detido no presídio Militar Romão Gomes, em São Paulo.
Em imagens de câmeras de segurança, o PM pode ser visto de boné preto na recepção de uma boate em Moema, na zona sul da capital, por volta das 3 horas, pouco depois de ter saído do clube Sírio, localizado a cerca de dois quilômetros. No local, conforme as comandas obtidas pela Polícia Civil, Velozo consumiu uma garrafa de uísque, duas águas de coco, duas latas de energético e duas doses de gin.
Quase duas horas depois, a câmera registrou a saída do policial militar, acompanhado de uma mulher que, segundo a investigação, seria uma garota de programa.
Ainda segundo a Polícia Civil, o casal seguiu para um motel em Pinheiros, onde chegou por volta das 5h40 e permaneceu cerca de 11 horas.
O militar se entregou na Corregedoria da PM no último dia 7. Ele é acusado de ter matado Leandro Lo com um tiro na cabeça, após uma briga durante um show de pagode em um clube na capital paulista.
O lutador chegou a ser socorrido ao Hospital Municipal Arthur Saboya, mas não sobreviveu ao ferimento.