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    Desmatamento e agropecuária elevam emissões de gases do efeito estufa no Brasil

    País pode emitir entre 10% e 20% a mais de gases do efeito estufa em 2020, segundo relatório do Observatório do Clima

    Segundo um relatório divulgado pelo Observatório do Clima nesta quinta-feira (21), o Brasil pode emitir entre 10% e 20% a mais de gases do efeito estufa em 2020 em razão do desmatamento e da agropecuária, enquanto as emissões em todo o mundo têm caído neste ano diante da redução das atividades devido à pandemia do novo coronavírus.

    Para chegar nesta conclusão, o relatório analisou as trajetórias atuais de emissões de gases de efeito estufa (GEE) em setores da economia. 

    Em termos globais, as emissões de dióxido de carbono – o gás do efeito estufa mais prevalecente – devem cair 7% neste ano, de acordo com outro estudo publicado na revista Nature Climate Change nesta semana. Essa seria a maior redução anual única de emissões absolutas desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

    Ao contrário de grande parte do mundo, o Brasil obtém a grande maioria de sua energia de fontes renováveis, como barragens hidrelétricas e parques eólicos, além de contar com biocombustíveis com menores emissões. No entanto, as emissões oriundas da agropecuária e do desmatamento mais do que compensaram qualquer queda em outras áreas, conforme o estudo do Observatório do Clima.

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    “Contudo, a tendência é que as emissões de GEE no Brasil em 2020 aumentem,” afirmou o relatório.

    “Isso decorre do fato de a principal fonte de emissões, que são as mudanças de uso da terra [44% das emissões em 2018], estão em franca expansão pelo crescimento do desmatamento na Amazônia, que avança a despeito da pandemia”. 

    A Amazônia, que tem 60% da área no Brasil, é a maior floresta tropical do mundo e absorve grandes quantidades de gases de efeito estufa. Nos primeiros quatro meses deste ano, o desmatamento na Amazônia teve um aumento de 55% em relação ao ano anterior, segundo dados preliminares do governo.

    Na agropecuária, o estudo destacou que o abate de gado desacelerou no Brasil em meio à crise, deixando mais vacas no campo, onde continuam a liberar metano, um potente gás de efeito estufa.

    Com informações da Reuters

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