Deputado estadual é alvo de operação da PF sobre fraudes em licitação com postos
A CNN apurou que parlamentar investigado é Thiago Rangel, do Partido da Mulher Brasileira
Um deputado estadual é alvo de uma operação da Polícia Federal contra fraudes em licitações usando postos de combustíveis no Rio de Janeiro, na manhã desta segunda-feira (14).
A PF, a Receita Federal e o Ministério Público Estadual (MPRJ) cumprem 14 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de uma organização criminosa responsável pelos crimes.
A CNN apurou que o parlamentar investigado é Thiago Rangel, do Partido da Mulher Brasileira.
A operação “Postos de Midas” apura a prática dos crimes de organização criminosa, fraudes em licitações, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de dinheiro.
A investigação começou a partir do compartilhamento de provas relacionadas à prisão em flagrante de um dos integrantes da grupo criminoso investigado, considerado braço direito da pessoa apontada como chefe do grupo, autuado em flagrante em setembro de 2022 pela prática de corrupção eleitoral.
Segundo a PF, as investigações revelaram um esquema criminoso de contratações diretas de empresas ligadas ao deputado estadual investigado ou “emprestadas” a ele, por meio de dispensa fraudulenta de licitação.
O Ministério Público do Rio de Janeiro informou que os crimes ocorreram em 2021.
Esses contratos resultaram em sobrepreço e no desvio de recursos públicos, posteriormente branqueados por meio de uma extensa rede de postos de combustíveis. Apura-se também a prática do direcionamento de licitações para o mesmo grupo econômico.
Na ação de hoje, mais de 60 policiais federais, servidores da Receita Federal e membros do Ministério Público cumprem as buscas em endereços residenciais, comerciais e em quatro prédios públicos, em Campos dos Goytacazes, na Região dos Lagos, na Região Metropolitana e na capital do Rio de Janeiro.
Os prédios mencionados são a Diretoria de Aquisições da Câmara de Vereadores de Campos, a Prefeitura de Campos, a Empresa Municipal de Habitação (EMHAB) e a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ).
A CNN entrou em contato com a defesa de Thiago Rangel e aguarda um retorno.