Democracia e arte: exposição no Rio faz viagem pela história de Brasília
Organizada pelo curador Paulo Herkenhoff, mostra é uma homenagem a Vera Brant, considerada pioneira no planejamento de Brasília
Prestes a completar 64 anos, Brasília será tema de uma exposição da Fundação Getúlio Vargas (FGV) que mergulha na trajetória histórica da capital brasileira, desde sua criação até os movimentos em prol da democracia e da liberdade.
Sob curadoria de Paulo Herkenhoff, “Brasília, a arte da democracia” convida o público a explorar e refletir sobre valores democráticos e será inaugurada nesta sexta-feira (12), na sede da FGV de Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
“A conceituação dessa mostra perfaz um arco histórico, desde a criação da cidade até os dias atuais. Se Brasília é uma epopeia notável no plano Internacional, sua história da cultura se desdobra, ao longo de seis décadas, em brasilienses e brasileiros de todos os recantos”, afirma Herkenhoff.
A exposição reúne 180 artistas de todas as regiões do país, explorando uma ampla variedade de técnicas e abordagens artísticas. São cerca de 180 obras, incluindo o croqui do plano piloto assinado por Lúcio Costa e o manuscrito de Oscar Niemeyer sobre o monumento JK.
A mostra também traz um “diploma de Candango” conferido pelo então presidente Juscelino Kubitschek aos operários que construíram a cidade.
Vera Brant, considerada pioneira no planejamento da capital federal, também é homenageada.
Um dos testemunhos mais contundentes de amor à Brasília, Vera nasceu em Diamantina (MG) e se mudou para a capital em 1960. Na cidade, atuou como servidora pública e empresária do ramo imobiliário, após perder seu cargo durante a ditadura militar em 1964.
A exposição fica em cartaz até 14 de julho.