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    ‘Defesa de Flordelis tenta atrasar processo para manter mandato’ dizem deputados

    Fontes no Congresso ouvidas pela CNN afirmam que advogados da parlamentar tentam várias manobras para mantê-la no cargo

    A deputada Flordelis
    A deputada Flordelis Foto: Claudio Andrade/Câmara dos Deputados

    Por Everton Souza, Iuri Corsini e Beatriz Puente na CNN no Rio

    O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados ouviu nesta quinta-feira (22) apenas 1 das 4 testemunhas que estavam previstas no processo contra a deputada Flordelis (PSD-RJ). Roberta dos Santos, que é registrada como filha da deputada. Para a polícia ela havia dito que vê “um alívio nos olhos” de Flordelis após a morte do pastor. 

    Na oitiva por videoconferência Roberta informou que era a filha adotiva, que chegou na família com 3 meses de vida. Mas que nunca teve uma relação de filha com Anderson e Flordelis. Foi registrada só no nome da deputada. Considera Carlos e Cristiana como pais. Disse ainda que “Flordelis tinha muito poder de domínio na família” finaliza.

    Não compareceram Wagner Andrade Pimenta, conhecido como Misael, filho de Flordelis, Luana Vedovi Pimenta, esposa de Misael, e Tatiana das Graças Martins dos Santos, esposa de Flávio dos Santos, filho de Flordelis que foi preso pelo assassinato do pastor Anderson do Carmo, marido da deputada.

    Flordelis é alvo de um processo de cassação na Câmara, acusada de quebra de decoro parlamentar por ser a suposta mandante do assassinato de seu marido.

    Na sessão do Conselho, no dia 13 deste mês, a delegada Bárbara Lomba, que começou as investigações sobre o assassinato do pastor Anderson do Carmo, afirmou que a eleição de Flordelis (PSD-RJ) para o cargo de deputada federal foi o estopim para que o pastor fosse assassinado. A delegada também afirmou que Flordelis exercia influência direta sobre todos os envolvidos no crime, que tinham um vínculo emocional muito forte com a parlamentar. Para Bárbara, “nada aconteceria dentro daquela casa sem o aval final da deputada” finaliza. 

    Na sessão de hoje a defesa da deputada pediu a suspensão do relator do processo, deputado Alexandre Leite (DEM). O pedido foi negado pelo Presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar Paulo Azi (DEM). Fontes ouvidas pela CNN informaram que a defesa da deputada trata o processo no legislativo como se fosse um tribunal do júri. E tenta várias manobras para manter o mandato da parlamentar o maior tempo possível. Na próxima segunda-feira (26) outras duas testemunhas, que estão presas, serão ouvidas pelo conselho de ética. As filhas Simone dos Santos Rodrigues e Marzy Teixeira da Silva. Procurada pela CNN a defesa de Flordelis não respondeu até o fechamento Bra reportagem.

    Justiça

    Na Justiça do Rio, Flordelis e os outros 10 réus acusados de participação na morte do pastor Anderson aguardam decisão da juíza Nearis dos Santos Arce, responsável pelo caso, para saber se serão ou não julgados em júri popular. A decisão deve sair nos próximos dias. Nesse ínterim, a defesa de Flordelis perdeu o prazo estipulado pela Justiça fluminense para apresentar suas alegações finais. 

    Flordelis é apontada pelo MPRJ como a mandante do assassinato de seu então marido, o pastor Anderson do Carmo, morto a tiros em sua casa, em junho de 2019. Ela nega as acusações e hoje afirma que foi uma de suas filhas quem tramou a morte do pastor.