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    Defensoria cobra urgência do governo no envio de aviões e apoio para terra Yanomami

    Em ofício, órgão diz que reforço é necessário para transporte de alimentos e atendimento médico

    Jéssica Mourada CNN , em Brasília

    A Defensoria Pública da União (DPU) criticou a demora do governo federal para aumentar o número de aeronaves e de equipes no atendimento aos indígenas na Terra Yanomami. Em ofício encaminhado ao ministro Rui Costa, da Casa Civil, o órgão cobrou urgência para o reforço dos recursos materiais e humanos no socorro à população.

    “A avaliação que a DPU faz é que o governo federal, embora venha finalmente agindo para reduzir os graves danos ao Povo Yanomami e Ye’kwana em decorrência da omissão estrutural da gestão anterior, não vem adotando providências com a celeridade que a conjuntura necessita”, diz a defensoria.

    Entre 23 e 27 de janeiro, defensores públicos estiveram no território por conta da deflagração da emergência em saúde pública pelo Ministério da Saúde, e constatou a situação de crise na região, onde os indígenas sofrem com casos de desnutrição grave, malária e infecções respiratórias.

    Nesse cenário, a DPU ressalta que é “imperativo que seja elevado o número e o porte das aeronaves utilizadas para o transporte dessas pessoas para receberem o devido atendimento médico-hospitalar, assim como para o transporte de alimentos. Do mesmo modo, em relação ao reforço das equipes da Funai e Sesai, bem como dos efetivos destinados à garantia da segurança desses servidores”.

    Também pede que seja feita a busca ativa de indígenas para assegurar o atendimento à população.

    O documento é de sexta-feira (3). No ofício, a DPU solicita que o governo federal encaminhe um balanço das ações na área indígena em Roraima até esta segunda-feira (6). “No exato momento em que este ofício está sendo redigido e lido, indígenas Yanomami continuam a morrer e a sofrer com a fome e ausência de tratamento médico adequado”, segue o texto.

    Na terça-feira (30), a DPU havia encaminhado outro ofício destinado aos ministros Flávio Dino, da Justiça, e da Defesa, José Múcio Monteiro, em que alertava para a necessidade de ampliação da estrutura logística para a distribuição de cestas básicas, que também está sem resposta. Assim, também pede atualizações sobre essa demanda.

    A Defesa respondeu que faz um levantamento das necessidades logísticas para calcular a demanda de recursos. A previsão é concluir esse trabalho até esta segunda.

    A CNN entrou em contato com os ministérios da Defesa e dos Povos Indígenas e com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e aguarda o posicionamento sobre o assunto.

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