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    Decisão do STF que enquadra homofobia como injúria racial traz equilíbrio, diz especialista

    À CNN Rádio, a presidente da ANTRA Keila Simpson Sousa classificou a mudança como positiva

    Amanda Garciada CNN

    A determinação do Supremo Tribunal Federal de enquadrar atos de homofobia e transfobia como crime de injúria racial é positiva.

    Esta é a visão da presidente da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) Keila Simpson Sousa.

    Na prática, quem for responsável por atos do tipo não terá direito a fiança, nem limite de tempo para responder judicialmente.

    À CNN Rádio, no CNN Plural, ela explicou que a decisão “vai de fato equilibrar os entendimentos.”

    Isso porque “as instâncias inferiores teimavam em não esquadrar o crime de injúria racial individualmente”.

    “Quando acatavam, era com uma forma do racismo apontado para os coletivos”, explicou.

    No entanto, Keila destacou que a maior parte das pessoas que sofrem de transfobia e LGBTfobia acontece na esfera individual.

    “As violências individuais são as mais são as mais presentes, de agressão verbal, psicológica”, exemplificou.

    A presidente da ANTRA vê que, agora com o entendimento uniforme, será “mais tranquilo em todas as instâncias”.

    Poderemos assegurar que aquela decisão quando não é deferida, se trata de “assédio e homotransfobia de quem atua nesses casos”.

    Com a decisão bem tipificada, quem cometer os atos “terá que pagar criminalmente.”

    “O que faremos é dialogar para que a sociedade compreenda que não se pode cometer ofensas contra a pessoa e passar ileso sobre isso”, completou.

    *Com produção de Isabel Campos

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