Danubia Rangel, ex-mulher do traficante Nem da Rocinha, deixa a prisão
Conhecida como primeira-dama do tráfico, Danubia ficou presa por oito anos
Conhecida como primeira-dama do tráfico, a ex-mulher do traficante Nem da Rocinha, Danubia de Souza Rangel, deixou a cadeia na tarde desta quinta-feira (11). Ela ficou presa por pouco mais de 8 anos no Instituto Penal Oscar Stevenson, em Benfica, na Zona Norte do Rio, onde respondeu pelos crimes de corrupção ativa e associação ao tráfico de drogas.
O alvará de soltura foi assinado pelo juiz Carlos Eduardo Carvalho de Figueiredo, que considerou a extinção da pena, ou seja, ela já teria cumprido a sentença.
Em 2020, Danúbia cumpria pena em regime semiaberto, mas ainda não tinha autorização da Justiça para deixar o presídio, visitar parentes ou trabalhar fora. Na época, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) apreendeu, na cadeia, um celular com fotos da mulher. A conduta foi considerada grave e ela recebeu punição com isolamento e suspensão de visitas. Ela também voltou a cumprir pena em regime fechado.
Danubia foi presa em outubro de 2017, na casa de uma amiga, no Morro do Dendê, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio. Ela estava foragida desde 2016 e teria se mudado após ter sido expulsa da Rocinha pelo traficante Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, rival do grupo de Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, na disputa pelo tráfico na comunidade.
A mulher teve um longo relacionamento com Nem. O homem foi um dos principais chefes do tráfico do Rio de Janeiro. Ele comandava a Rocinha, comunidade de São Conrado, na Zona Sul, e a facção Amigo dos Amigos (ADA).
Nem foi preso em 2011 quando tentava fugir, escondido no porta-malas do carro de um de seus advogados, que tentou corromper os policiais militares com R$ 30 mil. Nem era conhecido por ter comandado o tráfico de drogas com crueldade. Ele segue preso na penitenciária federal de Catanduvas, a primeira unidade do Brasil, no Paraná.