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Dados do Censo vão trazer políticas públicas para quilombolas, diz presidente da Fundação Palmares
À CNN Rádio, João Jorge Rodrigues disse que 1,3 milhão de quilombolas identificados no Brasil poderão ter acesso a melhores condições
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O Censo 2022 revelou que a população quilombola do Brasil é de 1,3 milhão de pessoas.
Esses dados são importantes para mostrar a necessidade de políticas públicas destinadas a esta parcela de brasileiros, de acordo com o presidente da Fundação Palmares, João Jorge Rodrigues.
À CNN Rádio, no CNN Plural, ele avaliou que o número servirá para “melhorar a vida da população quilombola, como, por exemplo, com programa de bolsa de alimentação.”
“Agora, prefeitos, governadores e o governo federal vão saber que precisam voltar aos olhos para os quilombolas”, completou.
João Jorge destacou que as comunidades quilombolas têm “graves problemas com energia elétrica, comunicação, transporte e escola.”
“É preciso fazer com que esses ativos possam estar presentes para a população quilombola”, defendeu.
Para isso, é preciso ter recursos.
Veja também: IBGE diz que mais de 1,3 milhão de quilombolas vivem no Brasil
De acordo com o presidente da Fundação Palmares, “o governo federal está organizando o orçamento em busca de valores, com trabalho interministerial para beneficiar essa população.”
O que são os quilombos
Durante 1549, quando os africanos chegaram escravizados a partir da Bahia e outras regiões do Nordeste, houve resistência de parte deles, que conseguiu fugir.
“Houve fuga para o interior e a comunidade se organizou em quilombos, nome que vem de regiões da África como o Congo, para sobreviver à margem da sociedade”, explicou João Jorge.
Segundo ele, “de lá para cá os quilombos continuam existindo na zona rural e urbana” e, após a Constituição de 1988, “brigamos por reconhecer quilombos como território nacional”.
*Com produção de Isabel Campos