Custo social de evasão escolar é maior que o financeiro, diz membro do CNE-MEC
Mozart Ramos, membro do Conselho Nacional de Educação, ressaltou que o estado deve agir para manter jovens nas escolas
A evasão escolar no Brasil vem crescendo durante a pandemia, e nas Escolas Técnicas Estaduais de São Paulo (ETECs) a porcentagem de alunos que deixam os concorridos cursos técnicos é de 15%.
Para Mozart Ramos, professor da USP e membro do Conselho Nacional de Educação (CNE-MEC), o estado deve pensar maneiras de manter os alunos na escola. Ele avalia que a evasão tem custo social mais alto do que financeiro.
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“Com a evasão se perde cerca de R$3,5 bilhões. Com a pandemia, a preocupação é que esse número aumente ainda mais. Para evitar isso é preciso uma ação integrada do governo com a Secretaria de Educação, do Trabalho e do Desenvolvimento Social,” disse Mozart.
“Os jovens estão sendo pressionados a trazer renda para casa com a pandemia. É preciso um auxílio via bolsa de estudos para que eles não saiam da escola. O custo social da evasão é muito grande para o país, maior que o financeiro.”
(Publicado por Sinara Peixoto)