Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Criança de 10 anos é baleada e morta durante ação policial em Maricá, no RJ

    Prefeitura de Maricá disse que o menino Dijalma de Azevedo foi morto no momento em que saía de casa para ir à escola, na manhã desta quarta

    Catarina NestlehnerLéo LopesRafaela Cascardoda CNN

    em São Paulo e Rio de Janeiro

    Uma criança foi baleada e morta durante uma ação policial em um condomínio do Minha Casa Minha Vida, em Maricá, no Rio de Janeiro, na manhã desta quarta-feira (12).

    A Prefeitura de Maricá identificou a criança como o menino Dijalma de Azevedo, de 10 anos. Ele foi morto no momento em que saía de casa para ir à escola, a E. M. Professor Darcy Ribeiro.

    A Polícia Militar (PM) afirmou, através de sua assessoria de imprensa, que policiais do 12º Batalhão de Polícia Militar, de Niterói, estavam fazendo policiamento perto de um condomínio, na estrada do Bosque Fundo, no bairro de Inoã, em Maricá.

    O condomínio em questão é o residencial Carlos Alberto Soares de Freitas, do Minha Casa Minha Vida, em Inoã.

    A corporação disse que as equipes “foram atacadas por criminosos armados”. “Após confronto, os policiais encontraram um menor de idade atingido e já sem vida. A viatura também foi atingida pelos disparos dos criminosos, que fugiram. A área foi isolada e a perícia acionada”, afirmou a polícia.

    Após a morte da criança, a comunidade local protestou ateando fogo em objetos e tentando interditar vias. Moradores da região também se manifestaram pelas redes sociais.

    “O que é isso que está acontecendo em Inoã, meu Deus? [emoji chorando]”, escreveu um perfil.

    “Não existe bom dia pra quem amanhece com a notícia da criança de 10 anos assassinada em confronto no MCMV de Inoã quando estava indo uniformizada pra escola… Até quando essa vai ser a escolha da “política de segurança”? Segurança pra quem?”, escreveu outra usuária.

    “Maricá está de luto. Quando uma mãezinha perde seu filho todas nós choramos juntas!”, acrescentou outro perfil.

    Equipes das secretarias municipais de Direitos Humanos e Assistência Social foram ao bairro de Inoã prestar apoio e solidariedade à família de Dijalma.

    A ONG Rio de Paz, que acompanha desde 2007 casos de crianças e adolescentes de até 14 anos mortos por arma de fogo no Rio, afirmou que Dijalma foi a oitava morte registrada em 2023, em sete meses.

    “O nome de Dijalma será afixado em nosso mural, na Lagoa, onde mantemos um memorial com nomes de crianças e adolescentes mortos por balas perdidas e policiais assassinados. A placa com o nome da criança ainda será confeccionada”, informou a organização.

    A Prefeitura de Maricá informou que duas mulheres deram entrada no Hospital Dr. Ernesto Che Guevara com quadro de saúde estável, “uma com ferimentos por pedrada na face, outra com estilhaços de bomba também no rosto”.

    O prefeito Fabiano Horta disse que vai cobrar “rigor máximo” das autoridades policiais nas investigações e “não vamos deixar que esse crime fique impune”.

    “A Prefeitura de Maricá presta condolências a todos os familiares e amigos, além de colegas e professores da Escola Municipal Darcy Ribeiro. O município está de luto pela perda irreparável do menino Dijalma”, concluiu a administração municipal, em nota.

    A Polícia Civil afirmou que a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) foi acionada para o local. A 4ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) também foi acionada.

    CNN tenta contato com o Hospital Che Guevara e moradores da região, e aguarda retorno.