Cresce o número de infecções e mortes pelo novo coronavírus entre indígenas
País registra 17 contaminados e três mortes causadas pela COVID-19
O número de indígenas vivendo em aldeias no Brasil infectados pelo novo coronavírus chegou a 17, sendo três mortes, segundo dados apurados na plataforma de monitoramento da situação indígena e divulgados pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), nesta quarta-feira (15).
O levantamento foi feito a partir de análises pelos Distritos Sanitários Especiais Indígenas – unidades de responsabilidade sanitária federal correspondentes a uma ou mais terras indígenas. Atualmente, os distritos mais afetados pela nova doença são do Alto Rio Solimões (oito casos confirmados e duas mortes), Manaus (seis casos confirmados, mas nenhuma morte) e Yanomami (um caso confirmado e uma morte). Médio Rio Purus e Minas Gerais e Espírito Santo têm um caso confirmado cada.
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Os DSEIs foram criados em 1999, são responsabilidade da Sesai e foram formados a partir de critérios epidemiológicos, geográficos e etnográficos. Neles, realiza-se atendimentos de baixa complexidade; ocorrências complexas ficam a cargo de hospitais regionais. Os distritos ainda possuem unidades menores chamadas de Polos Base, subdivisões territoriais que funcionam como suporte para as equipes multidisciplinares de Saúde Indígena se organizarem administrativamente.
Para o atendimento dessa população existem 528 unidades básicas de saúde, de acordo com dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde. Além do balanço feito em comunidades indígenas, a plataforma também analisa os casos isolados de índios por cidades brasileiras.
A atualização é semanal e baseada em informações da imprensa e por apuração própria da secretaria.