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    Coronavírus se expande na Grande SP e no interior do estado

    Fora a capital paulista, há 10 cidades com mais de 20 novos casos por dia

    Mulher com máscara em São Bernardo do Campo
    Mulher com máscara em São Bernardo do Campo Foto: Divulgação/Prefeitura de S. Bernardo do Campo

    Paula Forster e Cecília do Lago*, da CNN, em São Paulo

    A Covid-19 se expande no estado de São Paulo em padrão radial e induzido pelos eixos de transportes, seguindo o padrão das estradas e circulação de pessoas. É por essa razão que as cidades populosas da Grande São Paulo são o primeiro degrau de expansão do vírus a partir da capital paulista.

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    Fora a metrópole, há 10 cidades com mais de 20 novos casos por dia. São Bernardo do Campo hoje é a cidade com maior velocidade, tendo 82 novos infectados em 24 horas. O estado já acumula 44.411 casos confirmados e 3.608 paulistas mortos até este sábado (9) por causa da nova doença, que não tem vacina. As cidades com maior tração de avanço do coronavírus são:

    Em um momento inicial, os casos começam nas capitais, que têm conexão com os casos importados. Com o passar do tempo, por causa dessa circulação, o vírus vai chegando a outras cidades, cujas particularidades precisam ser observadas, segundo Leonardo Weissmann, médico infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia.

    “As peculiaridades são as próprias condições socioeconômicas locais. Considerando que é uma doença que não tem medicação ainda nem vacina, a única solução é o distanciamento físico”, diz Weissmann. “Acontece que tem cidades com melhores condições para que isso ocorra, já outras não conseguem manter esse distanciamento necessário. Por isso, há uma multiplicação em cadeia”, acrescentou.

    Nem todos conseguem manter esse distanciamento. “Pessoas vivem aglomeradas, sem contar que muita gente não tem acesso ao saneamento básico, então não consegue nem fazer a higienização das mãos, que é o que sempre estamos recomendando”, afirmou o médico infectologista.

    Casos triplicaram 

    O número de cidades no Estado de São Paulo com casos confirmados de coronavírus triplicou em um mês. Dados da CNN pegos a partir do levantamento do site Brasil.IO com os números da secretaria estadual de Saúde apontam que no dia 6 de abril, 108 municípios haviam registrado casos confirmados. Já em 6 de maio, o número aumentou para 344 cidades afetadas. Os últimos dados atualizados deste sábado, 9, apontam que do total de 645 municípios no estado, 409 já têm casos de coronavírus.

    A faixa etária com maior número de casos confirmados no estado é entre 30 e 39 anos, seguida do intervalo de 40 a 49 anos. 

    Em relação ao número de mortes, ao menos 176 municípios do estado registraram vítimas fatais do coronavírus. Do total de 3,6 mil mortos, 4 em cada 10 pessoas estavam fora da capital paulista, espalhadas em todas as regiões do estado, litoral, interior e na Grande São Paulo. A proporção em relação ao número de infectados é a mesma, já que totaliza 44,4 mil pessoas com casos confirmados em todo o Estado.  

    A faixa etária com maior número de vítimas fatais segue sendo em pessoas acima de 60 anos, totalizando 73,3% e concentrada em idosos entre 70 e 79 anos, com 893 vítimas. 

    Em relação às internações, o estado de São Paulo registrou 500 novas internações em 24 horas, de acordo com o último balanço do dia 9. No total, 9,5 mil pessoas seguem internadas, sendo 3,7 mil em UTI e 5,7 mil em leitos de enfermaria. A taxa de ocupação dos leitos de UTI é de 68,4% no Estado de São Paulo e 87,2% na capital. 

    São Paulo permanece sendo o Estado com o maior número de casos confirmados e mortes pelo coronavírus. Mesmo assim, a possibilidade de um lockdown, paralisação total que já foi adotada em capitais de outros estados, como Belém e São Luís, ainda não é considerada pelo governo estadual, que prorrogou novamente a quarentena para o dia 31 de maio e passou a obrigar o uso de máscaras em locais públicos.

    *Com informações de Luiz Fernando Toledo e Bruno Lafore