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    Consumo de livros em 2021 foi cerca de 30% maior do que em 2020, diz pesquisa

    Segundo Painel do Varejo de Livros no Brasil, a receita gerada também aumentou e foi 29,2% maior do que em relação ao ano retrasado

    Expositores fazem promoções para aumentar as vendas na vigésima edição da Bienal Internacional do Livro, em 2021, que aconteceu no Rio de Janeiro
    Expositores fazem promoções para aumentar as vendas na vigésima edição da Bienal Internacional do Livro, em 2021, que aconteceu no Rio de Janeiro Foto: ADRIANO ISHIBASHI/FRAMEPHOTO/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO

    Iuri Corsinida CNN

    no Rio de Janeiro

    Em 2021, houve um crescimento de 29,3% no volume de livros vendidos em todo o país, na comparação com o ano de 2020. Em relação à receita gerada, foi registrado um aumento de 29,2% no faturamento no mesmo período.

    Os dados constam do 13º Painel do Varejo de Livros no Brasil, pesquisa feita pela Nielsen BookScan e divulgada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) na sexta-feira (21).

    Em números reais, foram vendidos 55 milhões de livros em 2021, que movimentaram R$2,28 bilhões. Em 2020 foram 42 milhões de livros comercializados, gerando uma receita de R$ 1,76 bilhões.

    Já entre os dias 6 de dezembro de 2021 e 2 de janeiro de 2022, foram comercializados 5,4 milhões de livros, o que representa um crescimento de 4,9% em relação ao mesmo período de 2020, quando foi registrada a venda de 5,1 milhões. Em faturamento, o crescimento foi de 14,1%, contabilizando R$235 milhões.

    A pesquisa inclui todas as vendas de livros no país, tanto em livrarias como em ambientes virtuais.

    Segundo Ismael Borges, gestor da divisão da Nielsen Book Brasil, 2021 foi um ano de crescimento do setor e esse avanço ocorreu, principalmente, por conta das melhorias na pandemia observadas no ano passado.

    “Na macroeconomia, a inflação é de 2 dígitos, no mercado livreiro o crescimento se aproxima de 20 pontos percentuais acima da inflação. O maior desconto médio anual já registrado fez zerar a variação do preço médio do livro. Fechamos o ano no azul em função dos desdobramentos das crises e cenário pandêmico. A partir de agora devemos perseguir um ambiente menos turbulento, com variações mais ajustadas”, comentou.

    Apesar dos números positivos, o presidente do SNEL, Dante Cid, destacou que é preciso cautela para superar os desafios de 2022.

    “Ficamos muito felizes com os resultados, por ter demonstrado que a retomada do hábito de leitura permaneceu forte, mesmo sob todas as complexidades do ano que passou. Para o ano que se inicia, a inflação em elevação traz um novo desafio, e precisaremos manter a resiliência demonstrada pelo setor até agora”, destacou.

    Ainda de acordo com a pesquisa, depois do mês de dezembro, o mês em que houve o maior volume de venda de livros em 2021 foi julho, com cerca de 4,5 milhões de produtos comercializados.

    Já a maior variação mensal do volume de vendas entre os anos passado e retrasado aconteceu no mês de abril, quando foram vendidos 131% a mais de livros em 2021, na comparação com 2020.