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    Consumo abusivo de álcool por mulheres e idosos sobe no país, aponta CISA

    Dados inéditos de antes da pandemia revelam que o Brasil não deve atingir meta de redução de uso nocivo de álcool da Organização Mundial da Saúde até 2025

    Documentário investiga os efeitos do álcool no organismo humano
    Documentário investiga os efeitos do álcool no organismo humano Foto: Freepik

    Roberta Russo e Nicole Lacerda, da CNN

    Em análise inédita, publicação do CISA – Centro de Informações sobre Saúde e Álcool – mostra que, apesar de queda no consumo total de álcool e na taxa de óbitos relacionados à substância, há tendência de aumento em outros indicadores.

    O consumo total de álcool caiu 13% no Brasil e há tendência de redução das mortes atribuíveis à substância no mesmo período.

    Porém, esses avanços não deverão ser suficientes para o país atingir a meta global estabelecida pela Organização Mundial da Saúde de redução de 10% do uso nocivo do álcool até 2025. Isto porque o consumo abusivo e as internações entre mulheres e idosos apresentaram tendência de aumento.

    O resultado está na análise inédita dos principais indicadores relacionados ao uso de álcool entre 2010 e 2019, apresentada na terceira edição da publicação Álcool e a Saúde dos Brasileiros – Panorama 2021, liderada pelo médico psiquiatra Arthur Guerra.

    Em entrevista à CNN Brasil, o especialista explica que, com a pandemia e as restrições no país, a tendência é de piora:

    “Mulheres e idosos destacam-se como populações mais vulneráveis, não somente por serem mais sensíveis biologicamente ao álcool, mas especialmente pelas tendências preocupantes observadas ao longo de quase uma década. Trata-se de um cenário ainda mais desafiador no contexto da pandemia de COVID-19, quando observamos um aumento de consumo de bebidas alcoólicas associado a sentimentos como tristeza e ansiedade, mais frequentes entre eles”.

    Embora estável na população geral e entre os homens, verifica-se tendência de aumento significativo do uso abusivo de álcool entre as mulheres, com variação anual média de 3,2%, entre 2010 e 2019, chegando a 5% na faixa entre 18 e 34 anos.

    No caso das internações atribuíveis ao álcool, apesar de estabilidade entre a população geral, a tendência é de aumento com variação média anual de 1,9% entre as mulheres e de 1% entre os idosos, mas atingindo 2,1% entre as mulheres de 55 anos e mais idade.

    Foi identificado um aumento significativo do uso abusivo de álcool entre as mulheres, com variação anual média de 3,2%, entre 2010 e 2019, chegando a 5% na faixa entre 18 e 34 anos.

    São Paulo é estado onde as mulheres aumentaram mais o consumo de álcool: o cenário é diferente conforme a região e o estado.

    Por exemplo, no Distrito Federal e em mais quatro unidades federativas, a tendência de aumento do uso abusivo de álcool entre as mulheres é superior à nacional, com pico em São Paulo, que registrou variação média anual de 6,1%.

    Já no caso de internações, DF e 10 estados superam a tendência nacional da população feminina, chegando a uma variação média anual de 7,8% no Piauí.

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