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    Consciência negra

    Já dizia Ângela Davis: “não basta não ser racista, é preciso ser antirracista”. Num dia como o de hoje, Consciência Negra, essa frase faz ainda mais sentido.

    Manifestante levanta cartaz com os dizeres "racismo é um vírus" em protesto em São Paulo em junho de 2020
    Manifestante levanta cartaz com os dizeres "racismo é um vírus" em protesto em São Paulo em junho de 2020 Felipe Beltrame/NurPhoto via Getty Images

    Letícia Vidicada CNN

    São Paulo

    Muitos questionam a existência desse dia. Os motivos são muitos, mas a explicação é única. Além de ser o dia escolhido por uma lei de 2011 para relembrar o dia da morte de Zumbi dos Palmares em 1695 (famoso líder quilombola), é um dia pra que todos – pretos e brancos – tenham consciência do lugar social que os negros ocupam.

    Somos 56% da população brasileira. Mas já parou pra pensar que, em alguns espaços, essa maioria não está representada? Às vezes, nem está. Em outras, não é quem assina o cheque mas está presente como aquele que está para servir. Experimente chegar num ambiente e procurar negros ao seu redor. Quantos deles estão lá? É o que chamam do “famoso teste do pescoço”. Infelizmente, a resposta para muitos momentos será nenhum. Isso não te gera um incômodo, um questionamento?

    Se a resposta for sim ou se, pelo menos, você se sentir desconfortável, assuma uma postura antirracista. Tome uma atitude ativa frente a isto. Do seu lugar de privilégio, onde está grande parte da população branca, veja a parte que te cabe e assuma uma ação pra mudar isso. Afinal, a consciência tem que ser de todos. A gente só avança se todo mundo for junto.

    A filósofa Djamila Ribeiro sempre reforça pela busca do conhecimento, leia autores negros, estude, busque entender e reconhecer inclusive a sua posição de privilégio, caso tenha.

    A ideia desse dia é que todos tenham consciência do seu papel nessa luta antirracista e sigam desconfortáveis e ativos a mudar essa triste realidade do nosso país, que ainda vive com uma sociedade racista estruturalmente.