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    Conheça o Venetoraptor, ancestral dos pterossauros que teve fóssil descoberto no interior do RS

    Animal que viveu há cerca de 230 milhões de anos intriga pesquisadores em todo o mundo

    Felipe SouzaLetícia Cassianoda CNN , São Paulo

    Uma descoberta abalou a comunidade científica na última semana.

    Um fóssil escavado no território do Geoparque Quarta Colônia, no município de São João do Polêsine, no Rio Grande do Sul, trouxe mais informações sobre a ancestralidade do pterossauro, famoso dinossauro voador que dominou a Terra por mais de 160 milhões de anos durante a Era Mesozoica.

    Quem assina a pesquisa é o grupo liderado pelo paleontólogo Rodrigo Müller, chefe do Centro de Apoio a Pesquisas Paleontológicas da Universidade Federal de Santa Maria (CAPPA/UFSM).

    A nova espécie recebeu o nome de Venetoraptor gassenae, em referência ao Vale Vêneto, ponto turístico da cidade gaúcha.

    Bico de águias

    Segundo o pesquisador, o animal teria vivido há cerca de 230 milhões de anos. Ele teria aproximadamente UM metro de comprimento e não podia voar.

    “Notamos que o novo animal tinha um bico semelhante ao das aves de rapina atuais, como as águias. Talvez ele usasse esse bico para arrancar pedaços de carne para se alimentar, mas a função exata não é conhecida. Ele possuía uma mão relativamente grande, com garras bem desenvolvidas que poderiam tê-lo ajudado a escalar árvores ou manipular presas”, disse Rodrigo Müller à CNN.

    Essas características surpreendentes revelaram que os precursores dos pterossauros eram muito diferentes do que imaginávamos

    Rodrigo Müller

    Para o grupo de pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria, a descoberta indica que o sucesso evolutivo dos animais pré-históricos foi resultado de uma sobrevivência diferencial em meio a um conjunto mais amplo de variação ecológica e morfológica.

    Ela também traz otimismo à comunidade científica quanto à diversidade de organismos ainda desconhecidos ao redor do mundo.

    “Este animal é cativante, não apenas pelo conhecimento anatômico que proporcionou, mas também por possibilitar o estudo desse episódio evolutivo, que representa um capítulo até então oculto na história da origem dos dinossauros e pterossauros”, finalizou Müller.

    VÍDEO – Fóssil de Pterossauro é repatriado e ficará em museu carioca

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