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    Confederação agropecuária diz que vai à COP26 em busca de financiamento

    À CNN, porta-voz da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária falou sobre planos do setor para a conferência, que acontece na Escócia

    Ludmila Candalda CNN

    Em São Paulo

    O coordenador de sustentabilidade da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), Nelson Ananias, afirmou neste sábado (30), em entrevista à CNN, que a entidade vai a Glasgow, na Escócia, onde será realizada a COP26 — evento que reunirá líderes mundiais para discutir ações de combate às mudanças climáticas entre os dias 31 de outubro e 12 de novembro — para mostrar ações sustentáveis da produção brasileira e conseguir financiamento para investimentos no país.

    “Temos grandes expectativas, esperamos que o acordo reconheça a agricultura como solução. Para isso, vamos trabalhar em cima daquilo que vai ser definido no livro de regras para que traga esse reconhecimento de que somos sustentáveis e merecemos parcerias, mecanismos de desenvolvimento e outras ações que amplifiquem a agropecuária brasileira”, disse.

    “O financiamento é para melhorar o inventário, para produzir metodologias, como reduzir as emissões de gases. Precisamos de dinheiro para levar para o pequeno, o médio e o grande produtor”, afirmou o porta-voz da entidade.

    Ananias disse ainda que o Brasil é capaz de cumprir metas estabelecidas em conferências anteriores, como a de redução das emissões de metano em 30% até 2030.

    “A pecuária brasileira já é ambiciosa nas ações que vem empreendendo. Recuperamos pastagens em cerca de 28 milhões de hectares em todo o Brasil, a pecuária vem se modernizando, sendo mais eficiente com uma ocupação animal muito maior”, afirmou.

    Para o representante da CNA, ao contrário de países que colocaram metas de produção sustentáveis a partir de 2020, o Brasil já possui esses instrumentos.

    “Não é o começo de um trabalho, a agricultura brasileira já faz há 10 anos, através da agricultura de baixa emissão de carbono, e há mais de 40 anos através do código florestal e o novo código de 2012”, afirmou.

    O representante lamentou, no entanto, a falta de mecanismos para a fiscalização de parte da produção brasileira.

    “O grande problema é que nossa pecuária é muito grande, precisamos de ações de monitoramento, verificação e reporte. Nosso receio quanto à adesão é como vamos conseguir comprovar isso”, disse.

    (Publicado por Daniel Fernandes)