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    Comunidades ribeirinhas recebem atendimento médico na Amazônia

    Projeto Missão Amazônia reúne estudantes de Medicina a bordo de barco-hospital pelo rio Tapajós

    Anna Gabriela Costada CNN , em São Paulo

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    Estudantes de Medicina de cinco estados participam de um projeto inédito que visa levar atendimento médico às comunidades ribeirinhas do Amazonas. A bordo de um barco-hospital pelo rio Tapajós, ao menos 30 estudantes vão atender dez comunidades ribeirinhas situadas nos municípios de Santarém, Aveiro e Belterra, no Pará.

    O “Projeto Missão Amazônia” busca fazer até 3 mil atendimentos em 15 dias, conciliando consultas presenciais e telemedicina. A primeira ação teve início este mês e demais expedições continuarão em 2023, visando ampliar o atendimento médico à população local.

    A expedição faz parte do projeto vertical de Medicina da Ânima Educação, a Inspiralli; e leva os estudantes de seis escolas de Medicina do grupo, supervisionados por 10 professores, à bordo do barco-hospital.

    Além do auxílio aos moradores, o projeto visa proporcionar aos alunos uma abordagem humanizada da Medicina, conforme explica a Profa. Dra. Lena Peres, diretora de Formação e Desenvolvimento Docente da Inspirali e líder da expedição.

    “Nosso propósito é formar médicos com pensamento crítico e reflexivo, preocupados com as necessidades de comunidades menos favorecidas, que possam olhar para todo o contexto e ser capazes de propor soluções. Será um resgate da medicina humanitária a partir de uma conexão da medicina ‘antiga’ com a moderna”, disse a professora.

    Abaré II

    Abaré II oferece estrutura para atendimento clínico e odontológico /

    O barco-hospital Abaré II, a bordo do qual a expedição navegará pelo rio Tapajós, oferece estrutura para atendimento clínico e odontológico: são quatro consultórios, sala para pequenas cirurgias e estrutura de laboratório para análises clínicas e radiografias, além de acomodações para os integrantes da missão.

    A embarcação, de baixo calado, é própria para navegar em rios mais rasos, o que permite chegar a mais comunidades, e será utilizada em todas as expedições do projeto.

    A prefeitura de Belterra destacará uma equipe de estratégia de saúde da família para também participar da expedição, propiciando a atuação conjunta dos profissionais locais com estudantes e professores da Inspirali.

    Participam da ação alunos do último ano de Medicina das instituições: Universidade Potiguar / UnP (RN); Universidade Salvador / Unifacs (BA); Centro Universitário de Belo Horizonte / UniBH (MG); Universidade São Judas (SP); Universidade Anhembi Morumbi (SP) e Universidade do Sul de Santa Catarina / UniSul (SC).

    Mortalidade infantil

    O projeto também tratará da questão da mortalidade infantil. Belterra, cidade que fica a mais de 700 km de Belém, a capital paraense, tem hoje um dos mais altos índices neste aspecto: 19,1 óbitos a cada 1 mil nascidos vivos (no Brasil, são 12 por 1 mil).

    A expedição levará orientações aos moradores e ações básicas de prevenção e promoção da saúde, de maneira a contribuir para a redução do índice.

    “Na Inspirali, somos uma organização com 14 cursos de Medicina, 1,5 mil professores e 13 mil alunos e temos a obrigação de cumprir o nosso propósito, que é o de transformar o Brasil e a saúde pela educação”, disse o Prof. Dr. José Lúcio Machado, diretor médico da Inspirali, que também participará em parte da expedição.

    “A Missão Amazônia é um projeto do tamanho do nosso propósito. Queremos ajudar a mudar indicadores de saúde, como o de mortalidade infantil, e impactar de alguma forma a melhora da saúde da população local, reforçando os espaços organizados pelo Sistema Único de Saúde”, complementou o professor.

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