Secretário de Educação de SP explica como se dará a volta às aulas no estado
Serão permitidas apenas atividades não curriculares, e em cidades que estejam há pelo menos 28 dias na fase amarela do Plano SP
O secretário de Educação de São Paulo, Rossieli Soares, falou em entrevista à CNN nesta terça-feira (1º) sobre o retorno às aulas nas redes pública e privada de ensino.
O governo do estado divulgou hoje as diretrizes que vão vigorar a partir do dia 8 de setembro. Serão permitidas apenas atividades não curriculares e em cidades que estejam há pelo menos 28 dias na fase amarela do Plano SP.
A determinação é priorizar os 1º, 2º, 5º e 9º anos do ensino fundamental e o 3º do médio. Além dos alunos dessas séries, estão incluídos estudantes sem acesso a computadores ou conexão à internet para realização das atividades online, ou aqueles que apresentem dificuldades de aprendizagem, sinais de distúrbios emocionais relacionados ao isolamento social também terão prioridade.
Segundo o secretário, mais de 100 municípios já sinalizaram que vão voltar na próxima semana para atividades de reforço e recuperação. Ele lembrou ainda que, especialmente neste início, o retorno à escola é “extremamente opcional” tanto para a família quanto para a escola.
“Mesmo que a prefeitura autorize, a escola precisa fazer um planejamento para que as atividades sejam ofertadas nas redes estadual ou privada”, disse ele, reiterando a obrigatoriedade do cumprimento dos protocolos já estabelecidos.
São eles: distanciamento entre as pessoas, limite e rodízio de alunos, cuidados com a alimentação e com horário de entrada, por exemplo.
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Rossieli falou também sobre a medição de temperatura. Há duas etapas de verificação. A família é orientada, se possível, a medir a temperatura do filho em casa. Caso ele esteja com mais de 37,5ºC, a recomendação é não ir para a escola.
Caso não haja a possibilidade de medir a temperatura em casa, o secretário afirmou que todas as escolas estaduais terão aferição da temperatura, tanto dos colaboradores quanto dos estudantes.
Se o docente entender que sua está conseguindo acompanhar o conteúdo remotamente ou, ainda, se pertencer a algum grupo de risco, não precisa voltar às aulas presencialmente.
Agora, se decidir ir à instituição, deve fazer um planejamento juntamente com a escola para que não haja sobreposição de horário.
Para os professores que têm carga horária de 24 horas por semana, se quiserem aumentar para fazer atividades de reforço na escola e colaborar no processo de recuperação, também haverá um planejamento com a instituição.
(Edição: Sinara Peixoto)