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    Comissão de Educação vota convocação de ministro nesta terça-feira (16)

    Presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira, em Dubai, que as questões do Enem "começam a ter a cara do governo"; presidente da Comissão considera declaração "muito grave"

    Leandro Resendeda CNN , no Rio de Janeiro

    A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados decide nesta terça-feira (16) se convoca o ministro da Educação, Milton Ribeiro, para prestar esclarecimentos sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a interferência do governo na prova e a debandada de servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Texeira (Inep), responsável por cuidar das provas do Enem e do Enade. Nesta segunda-feira (15), em Dubai, o presidente Jair Bolsonaro disse que as questões do Enem “começam a ter a cara do governo”.

    A presidente da Comissão, deputada professora Dorinha (DEM-TO), afirmou à CNN que a declaração é “muito grave”, e que, por isso, entende que o pedido da convocação de Milton Ribeiro para prestar esclarecimentos será aprovado. A reunião está marcada para às 14h desta terça.

    Presidente da Frente Parlamentar Mista da Educação, o deputado Professor Israel (PV-DF) usou o Twitter para criticar a declaração do presidente em Dubai. “Bolsonaro confessou, com todas as letras, que o governo realmente interferiu nas questões do Enem, como relataram os servidores do Inep. O Enem não pode pertencer a governo algum, é uma política de Estado e deve ser respeitado como tal”, avaliou.

    Na semana passada, em meio a polêmica da demissão de dezenas de coordenadores do Inep, o presidente do órgão, Danilo Dupas, foi ouvido pelos deputados da Comissão de Educação. Na ocasião, garantiu a realização do Enem e do Enade e justificou a demissão de coordenadores do órgão.

    “Quero esclarecer que os 37 servidores que colocaram os cargos à disposição são gestores e diretamente ligados ao Enem. Esses servidores continuam à disposição dos cargos até a publicação do ato no Diário Oficial da União. Esses servidores reforçaram o comprometimento de continuarem trabalhando até o processo final de desligamento. Esses servidores não estão deixando o Inep, são servidores de carreira e vão continuar cumprindo suas funções”, afirmou Dupas na última quarta-feira.

    A CNN entrou em contato com o Ministério da Educação, questionou a pasta sobre a suposta interferência do governo no Enem e aguarda resposta.

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