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    Combate à pobreza na infância reduz risco de jovem cometer crime, diz pesquisa

    À CNN Rádio, a pesquisadora da Unifesp Carolina Ziebold explicou a metodologia do estudo, que durou 7 anos

    Marcello Casal Jr./Agência Brasil

    Amanda Garciada CNN

    Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo apontou que o combate à pobreza durante a infância pode reduzir em quase um quarto o risco de um jovem cometer algum crime.

    Em entrevista à CNN Rádio, a pesquisadora da Unifesp Carolina Ziebold explicou que o estudo buscou investigar quais fatores relativos à infância poderiam estar associados mais tarde a crimes.

    “Usamos uma medida ampla de pobreza para avaliar se estava na família de baixa escolaridade, baixo poder de compra, condições ruins de moradia”, disse.

    Foram analisadas 1.905 crianças de São Paulo e Porto Alegre ao longo de 7 anos que começaram a ser acompanhadas quando tinham aproximadamente 10 anos de idade.

    Mais tarde, foram levantados os históricos deles, para saber se passaram por medidas socioeducativas ou condenação criminal.

    Ziebold afirmou que a conclusão é de que “o único fator da criminalidade foi a pobreza.”

    Ela destaca, no entanto, que o estudo “não quer estigmatizar a pobreza.”

    90% das crianças do levantamento não cometeram crime, mas, das que tiveram contato com a criminalidade, o único fator associado foi exatamente a pobreza.

    “Com políticas efetivas, se nenhuma delas tivesse sido exposta à pobreza na infância, um quarto dessas crianças não teria cometido crime depois”, completou.

    O questionário proposto pela pesquisa analisou o nível de educação dos pais, de renda e qual o nível de acesso a serviços básicos como água.

    *Com produção de Isabel Campos