Com mais de 530 mil casos prováveis, Brasil chega a 90 mortes por dengue em 2024
País tem 313,6% mais casos da doença do que o registrado no mesmo período do ano passado
O Brasil chegou à marca de 532.921 casos prováveis de dengue e 90 mortes pela doença desde janeiro, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta quinta-feira (15). Outras 348 mortes estão sendo investigadas.
Ainda de acordo com a pasta, neste mesmo período em 2023 o país tinha um total de 128.842 casos de dengue. O número atual é 313,6% maior do que o do ano passado.
Proporcionalmente, o Distrito Federal é o local mais afetado pela doença, com 2.362 casos por 100 mil habitantes. Na sequência estão Minas Gerais (881,9), Acre (584,3), Paraná (502,6), Goiás (465,1) e Espírito Santo (418,5).
Em números absolutos, Minas Gerais lidera o ranking, com 181.123 diagnósticos prováveis. Em seguida está São Paulo, com 86.863; e o Distrito Federal, com 66.538.
Ainda de acordo com os dados do painel, os adultos entre 30 e 39 anos são os mais infectados, sendo 47.623 homens e 56.812 mulheres. No total, as mulheres são maioria dos casos prováveis com 54,9%.
Vacinação
Nesta quinta-feira (15), a cidade de Salvador (BA) recebeu 56.493 doses de vacina e iniciou a imunização contra a doença. A primeira fase da vacinação prioriza os pré-adolescentes entre 10 e 11 anos.
O primeiro vacinado na capital baiana foi Vitor Santos Abreu, de 10 anos. “Intensificamos as atividades de monitoramento e prevenção, bem como reforçamos a conscientização sobre prevenção junto à população. Com o avanço da imunização, esperamos que a dengue seja classificada como mais uma doença imunoprevenível, mas o enfrentamento contra o mosquito Aedes deverá continuar sendo prioridade de cada cidadão”, disse a secretária de saúde de Salvador, Ana Paula Matos.
Capacitação
Também nesta quinta-feira (15), a secretaria de saúde do estado de São Paulo promoveu uma capacitação aos coordenadores municipais e regionais da Defesa Civil de cidades de Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso do Sul que fazem divisa com o estado paulista.
O treinamento abordou temas direcionados a mutirão de limpeza, eliminação de criadouros, campanha conscientização, nebulização (fumacê), conscientização de escolas e órgão públicos estaduais, aplicação larvicida nas galerias fluviais, e ações junto a comunidade.
* Sob supervisão