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    CNN faz 5 meses, e CEO explica crença do canal na diferença de opiniões

    O jornal Folha de S.Paulo publicou nesta terça-feira (18) um artigo do jornalista e CEO da CNN Brasil, Douglas Tavolaro

    O jornal Folha de S.Paulo publicou nesta terça-feira (18) um artigo do jornalista e CEO da CNN Brasil, Douglas Tavolaro. Nele, o executivo explica por que a CNN acredita na diferença de opiniões. Leia abaixo na íntegra.

    Por que a CNN acredita na diferença de opiniões

    A CNN Brasil completou cinco meses no último sábado (15), mas já se consolidou como o canal do debate e da franca discussão de ideias na mídia brasileira. Chego a arriscar que nenhum outro veículo de comunicação promove com tanta regularidade o embate de pensamentos entre pessoas com perspectivas diferentes do mundo. Todos os dias, a emissora dá amplo espaço a empresários, economistas, juristas, cientistas, intelectuais e políticos das mais diversas linhas ideológicas para debater livremente as questões fundamentais do país.

    Isso acontece porque a CNN acredita que a diferença de ideias é uma das colunas essenciais do jornalismo de qualidade. Ainda mais importante, é uma das forças vitais da democracia. Esse é um dos pilares editoriais que construímos em parceria com a CNN dos Estados Unidos, há 40 anos uma das marcas de jornalismo de maior credibilidade do planeta.

    O jornalismo profissional e de qualidade existe para informar bem as pessoas e todos os lados devem ser ouvidos e mostrados, sem nenhum tipo de censura, para que as pessoas formem os seus próprios julgamentos. Isso porque o dever da imprensa é dar subsídios para os cidadãos chegarem às suas próprias conclusões, e não funcionar como uma máquina de propaganda que mostra apenas os pontos de vista com os quais concordamos.

     

    Douglas Tavolaro, CEO da CNN Brasil
    Douglas Tavolaro, CEO da CNN Brasil
    Foto: Divulgação/CNN

    A CNN é democrática, equilibrada, independente e vai continuar mostrando todos os lados e promovendo debates no Brasil. Esta posição, por vezes, enfrenta críticas. A maioria vem de pessoas com convicção ideológica clara, que atacam apenas os que estão “do outro lado”. Outros são insuflados por quem têm interesses comerciais que se cruzam com os da CNN Brasil, mas omitem isso do público. Afinal, em apenas cinco meses, os brasileiros consolidaram a CNN como o segundo canal de notícias mais visto do país e cuja perspectiva de consolidação de audiência e alcance a médio prazo certamente incomoda competidores com décadas de mercado.

    As críticas político-ideológicas vêm de grupos que tentam desqualificar não apenas o outro lado, o rival, mas a própria discussão democrática. É comum esses grupos acusarem os oponentes de serem extremistas, comunistas, obscurantistas, fascistas, negacionistas —ou qualquer outra palavra considerada ofensiva por um dos lados.

    O perigo desse comportamento é que as pessoas que querem interditar os debates e impedir um dos lados de ser ouvido, seja na defesa de qualquer argumento ou tese, sempre têm um lado. Elas não querem simplesmente vencer os rivais nas discussões. Elas querem impedir que o outro lado seja ouvido. Não admitem e não aceitam o contraditório. Não admitem outros pontos de vista. É uma tentativa torta de derrubar o lado rival, que acaba atingindo a própria liberdade de expressão. E a liberdade de expressão é cláusula pétrea de nosso projeto.

    A CNN e seus jornalistas podem concordar ou não com a opinião de seus debatedores e entrevistados. Porém, jamais calarão a voz de quem respeitar as regras da democracia e de nossa Constituição.

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