Cinco centros de acolhimento para desabrigados serão instalados no RS
Estruturas terão capacidade para receber cerca de 3,7 mil pessoas em duas cidades
Cinco Centros Humanitários de Acolhimento (CHAs) serão instalados no Rio Grande do Sul, sendo três em Porto Alegre e dois em Canoas. O projeto visa facilitar a transição entre os abrigos provisórios criados devido aos trágicos eventos meteorológicos ocorridos em maio e as moradias definitivas. Medida foi anunciada nesta terça-feira (4).
Segundo o governo estadual, Porto Alegre e Canoas reúnem atualmente mais de 50% da população desabrigada no estado. A proposta também foi oferecida às cidades de São Leopoldo e Guaíba, mas não houve avanços nesses locais.
O projeto é coordenado pelo vice-governador Gabriel Souza, que destacou que os centros terão toda a estrutura necessária para atender às principais demandas das famílias.
As unidades serão modulares, em formato de tenda galpão (retangular) e tenda piramidal, com estruturas metálicas e divisórias internas, semelhantes às utilizadas em hospitais de campanha durante a pandemia.
Em Porto Alegre, os centros serão instalados no estacionamento do Porto Seco, no Centro Vida, na Zona Norte, e no Centro de Eventos Ervino Besson, no bairro Vila Nova. Em Canoas, os dois CHAs acomodarão cerca de 1.700 pessoas na avenida Guilherme Schell, n° 10.470 (na altura da Refap), e no Centro Olímpico Municipal (COM).
Ambientes e serviços oferecidos
Os centros de acolhimento contarão com diversos ambientes, incluindo espaços multiuso, áreas kids e pets, refeitório, cozinha, lavanderia, fraldário/lactário, depósitos, área de triagem, e áreas para assistência médica e social.
Haverá banheiros masculinos, femininos e neutros, além de áreas de convivência, especialmente para famílias monoparentais chefiadas por mulheres.
Os centros também oferecerão serviços básicos de saúde e proximidade com educação e transporte público. A seleção das famílias e a oferta de serviços de água, saneamento e luz serão de responsabilidade das prefeituras e concessionárias locais.
Danos causados pelas enchentes
O número de mortes provocadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul chegou a 172, de acordo com balanço divulgado pela Defesa Civil do estado. As ocorrências deixaram 806 pessoas feridas e 44 ainda estão desaparecidas.
Cerca de 35,1 mil pessoas ainda estão em abrigos. O estado ainda tem 580,1 mil desalojados.
Ao todo, 2.392.686 pessoas foram afetadas pelas tempestades em 476 municípios gaúchos. Desde o fim de abril, 77.874 pessoas e 12.543 animais foram resgatados.