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    Cidades do interior de SP afrouxam restrições ao comércio em meio a quarentena

    Apesar da expectativa de a quarentena determinada no estado ser estendida por mais 15 dias, alguns municípios estão indo na contramão

    Da CNN, em São Paulo

    A quarentena determinada no Estado de São Paulo por causa do novo coronavírus está prevista para terminar nesta terça-feira (7). Apesar da expectativa de ela ser estendida por mais 15 dias, algumas cidades do interior estão indo na contramão e já afrouxaram as restrições ao comércio. 

    A prefeitura de Pindamonhangaba, por exemplo, publicou decretos liberando o funcionamento de feiras, restaurantes, lojas de tecidos e de materiais de construção desde sábado. No caso dos restaurantes, que antes só podiam funcionar por delivery, foi permitido o atendimento presencial, embora com restrições para evitar aglomeração.

    A gestão municipal disse que as medidas estão alinhadas com as diretrizes estaduais e federais. A cidade tem 79 casos suspeitos de COVID-19, 1 confirmado e 4 mortes em investigação.

    O comércio de Conchal, na região de Piracicaba, reabriu nesta segunda-feira (6). O decreto da prefeitura libera até hotéis, bares e trailers de lanches. Ainda há restrição de acesso para evitar aglomerações e o comércio deve adotar medidas de higiene. Lojas de roupas, óticas e papelarias podem funcionar em horário normal, mas com acesso restrito a um cliente por 10 m².

    Segundo a prefeitura, a decisão foi tomada após análise de pedido feito pelo comércio do município, que tem 10 casos suspeitos da doença e investiga uma morte.

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    Em Morungaba, foram liberados os salões de beleza. O decreto libera o funcionamento com um cliente por vez.

    Já em outros locais, a prefeitura precisou ir até a Justiça para garantir o isolamento. Campos do Jordão obteve liminar para impedir que sites de hospedagem continuem oferecendo serviços de turismo na cidade da Serra da Mantiqueira. 

    A Justiça determinou a exclusão de anúncios das “casas para a quarentena”, sob pena de multa diária. A cidade tem uma morte causada pelo novo coronavírus e 30 casos em investigação. 

    Reunião do governo de SP

    O governo de São Paulo se reúne nesta segunda-feira para discutir o isolamento social. A expectativa é de estender a medida por 15 dias, mas setores do varejo pressionam para que haja uma abertura escalonada.

    Desde o dia 24, a gestão João Doria (PSDB) determinou o fechamento do comércio e de serviços não essenciais, o que inclui bares, restaurantes e cafés, que só podem funcionar com serviços de delivery. Já os considerados essenciais, como farmácias e supermercados, podem abrir as portas.

    Enquanto o presidente Jair Bolsonaro fala em receio de crise econômica e pede a volta dos cidadãos ao trabalho, Doria defende o isolamento social para frear o avanço da COVID-19.

    (Com Estadão Conteúdo)

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